Elize comprou serra elétrica antes de matar marido, diz babá

28 nov 2016 - 14h38
(atualizado às 14h43)
Movimentação na sala do júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo (SP), onde acontece o julgamento de Elize Matsunaga.
Movimentação na sala do júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo (SP), onde acontece o julgamento de Elize Matsunaga.
Foto: Paulo Lopes/Futura Press

No dia em que a bacharel em direito e auxiliar de enfermagem Elize Matsunaga foi acusada de matar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012, ela teria comprado uma serra elétrica em uma casa de ferragens quando voltava de uma viagem ao Paraná. A afirmação é da babá Amonir Hercília dos Santos, que ouviu a história da mãe, que também trabalhava como babá para a família.

Amonir foi convocada como testemunha da acusação e foi a primeira a ser ouvida nesta segunda-feira, durante o júri de Elize. Ela costumava cobrir as folgas da mãe.

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No dia do crime, Elize voltou de viagem ao Paraná, seu Estado Natal. Ela esteve lá por dois dias, acompanhada pela filha, de 1 ano, e da mãe de Amonir. No retorno, teria comprado a serra.

Marcos Matsunaga foi morto com um tiro e teve o corpo segmentado em sete partes. Primeiramente ele foi dado como desaparecido e o seu corpo encontrado sete dias depois em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Não há provas de que a serra tenha sido utilizada no crime.

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De acordo com as investigações, no dia 19 de maio 2012, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem.

Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.

Em depoimento, dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.

Fonte: Especial para Terra
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