Elize Matsunaga, acusada pela morte do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, em maio de 2012, pediu para deixar o plenário do júri depois que fotos de partes do corpo do ex-marido foram apresentadas aos jurados.
Desde a abertura dos trabalhos nesta terça-feira, o delegado Mauro Gomes Dias está sendo ouvido. Ele foi o responsável pelo inquérito que levou à prisão de Elize, em junho de 2012.
Durante a apresentação das fotos, uma das juradas também se mostrou incomodada e chegou a solicitar para que elas fossem retiradas do telão, o que não foi atendido pelo juiz.
Em um dos trechos do depoimento, Elize chegou a chorar, enquanto o delegado recontava como foram os dias que sucederam o crime, até a confissão dela em depoimento.
Conheça as musas do crime
Veja mais de 30 crimes que abalaram o Brasil
Tremembé, a prisão dos crimes 'famosos'
Quando a paixão vira ódio. Veja outros crimes passionais
Confira crimes que chocaram pela brutalidade
Em um determinado ponto do depoimento, o Ministério Público solicitou que fossem mostradas as fotos do corpo esquartejado de Marcos, que fizeram parte do inquérito e foram feitas no Instituto Médico Legal de Cotia. Foi na cidade da Grande São Paulo que as partes do corpo foram localizadas pela polícia.
O delegado relatou ao juiz Adilsomn Paukoski Simoni que Elize chegou a negar envolvimento no crime, mas que a partir dos momentos em que as provas foram aparecendo, ela cedeu e decidiu contar de que forma matou o ex-marido.
Entre as provas apresentadas estavam as imagens do circuIto interno do prédio, que mostravam Marcos chegando ao apartamento, sem que depois disso houvesse saído.
No dia seguinte ao crime, o circuito mostra imagens de Elize deixando o prédio com três malas, em que estariam as partes do corpo de Marcos. Quando ela retorna ao local, aparece sem elas.
Na investigação, a polícia quebrou o sigilo telefônico de Elize e comprovou que ela esteve nas imediações do local onde as partes do corpo foram encontradas. Isso porque as antenas de celular captaram a presença do aparelho na região.
Em seu depoimento, o delegado disse ainda que Elize trocou o cano da arma utilizada no crime para evitar uma possível prova a partir de um exame de balística.
O crime
O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado.
Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012. Eles eram casados há três anos e tinham uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.