Após a audiência de custódia realizada na quinta-feira, 18, a prisão em flagrante de Erika Vieira Nunes, de 43 anos, que levou um idoso morto para fazer empréstimo em um banco no Rio de Janeiro, foi convertida em preventiva.
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Na decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha afirmou que a mulher não demonstrou nenhuma preocupação com o estado do idoso que alegou ser cuidadora. Imagens das câmeras de segurança mostram a mulher tentando fazer com que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, assinasse os documentos em uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil.
Como o idoso não reagia, os funcionários do banco desconfiaram da situação e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou que o homem estava morto.
"Os funcionários do banco que, notando aquela cena vexatória e cruel, acionaram o socorro. O ânimo da indiciada se voltava exclusivamente a sacar o dinheiro", disse a magistrada.
A defesa da acusada recorreu da decisão e pediu a prisão domiciliar para que ela possa cuidar da filha de 14 anos. A garota possui diagnóstico de doença crônica. Para justificar a solicitação, a defesa alegou que Erika não oferece riscos e colaborou com as investigações.
Ainda segundo a decisão, a juíza apontou que a discussão não está focada em descobrir o momento da morte, mas, sim, se o idoso estava apto a expressar a sua vontade caso estivesse com vida. "A possibilidade de já ter sido levado morto torna a ação mais repugnante e macabra."
A juíza ainda indagou se a suspeita não teria percebido que o idoso não estava bem, ainda que não tenha notado o exato momento da morte. "Diversas pessoas que cruzaram com a custodiada e o sr. Paulo ficaram perplexos com a cena, mas a custodiada teria sido a única pessoa a não perceber?", argumentou.