A investigação do assassinato de Guilherme Veisac, 32 revelou nos últimos dias detalhes de uma mente doentia. Autor do crime e foragido desde então, Antônio Azevedo, 47, acompanhava os passos da ex-mulher e do namorado dela por meio de um aplicativo de celular.
Na madrugada de 19 de setembro Antônio invadiu o apartamento onde o casal dormia e matou Guilherme com um tiro no tórax.
A polícia mineira chegou a esta conclusão depois de confirmar o acesso de Antônio do aplicativo que monitora as câmeras de vídeo no prédio onde foi síndico e a ex-esposa ainda vivia. Ou suas senhas de acesso ao sistema de monitoramento não foram canceladas, ou Antônio conseguiu usar o login de algum morador, uma vez que teve acesso a este tipo de informação.
Ele aproveitou ainda que sabia onde ficavam as câmeras de segurança e chegou a cortar os fios de algumas delas até entrar no prédio, mas equipamentos instalados em outros pontos flagraram o momento em que ele passava pela rua e entrada do prédio. Ele entrou às 3h55 e saiu às 4h36. A ação durou pouco mais de 40 minutos.
Deixou os filhos em casa antes de matar e fugir
Outra informação confirmada pela polícia foi a de que Antônio estava na estrada, a caminho de uma cidade do interior do Estado quando viu o casal entrando no prédio. Ele estava com os filhos, mas foi em casa, deixou os filhos e partiu para matar Guilherme.
Em depoimento a ex-esposa disse que, antes de sair, o assassino disse que todos os homens com quem ela se relacionasse seriam mortos. Ela seria “poupada” naquele momento. Na delegacia, ela disse ainda que o ex-marido era ciumento, mas nunca tinha demonstrado algo que pudesse culminar com um assassinato. Também não houve relato de agressão física durante o período em que estiveram juntos.
Alerta das Polícias Rodoviária e Federal
Com o pedido de prisão temporária de 30 dias a Polícia Civil de Minas Gerais emitiu um alerta à Polícia Federal e Rodoviária Federal. Há um temor de que o empresário consiga fugir para outras cidades ou para fora do Brasil.
Por meio do serviço de Disque Denúncia de Minas Gerais (181) a população pode repassar informações sobre onde ele possa estar escondido.