Entre os argumentos utilizados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para decretar a prisão do cantor Gusttavo Lima, nesta segunda-feira, 23, estão as suspeitas de ocultação, pela empresa do cantor, de valores milionários de jogo ilegal e pela venda de uma aeronave. Artista é um dos alvos da Operação Integration, que também prendeu Deolane Bezerra.
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Segundo o mandado de prisão, "a Balada Eventos e Produções LTDA [empresa do cantor] é responsável pela conduta de ocultar valores provenientes dos jogos ilegais da HSF" e de "ocultar/Dissimular a disposição e propriedade da Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN, ao negociá-la com a empresa J. M. J. Participações LTDA, de propriedade do investigado José André da Rocha".
O texto detalha ainda uma série de transferências bancárias realizadas que somadas totalizam R$ 22,2 milhões.
Gusttavo Lima também é suspeito de "ocultar valores provenientes dos jogos ilegais ao guardar em cofre da empresa R$ 112.309,00 (cento e doze mil e trezentos e nove reais), € 5.720,00 (cinco mil, setecentos e vinte euros), £ 5.925 (cinco mil, novecentos e vinte e cinco libras) e U$ 1.005,00 (mil e cinco dólares)", diz outro trecho. Os valores teriam sido repassados pela Sports Entretenimento Promoção de Eventos e a Pix 365 Soluções Tecnológicas.
"Há, portanto, indícios suficientes da participação dele no crime de lavagem de dinheiro que foi invesgado no inquérito policial", destaca o documento.
Além da prisão, o TJPE decretou também a suspensão do passaporte do sertanejo e do certificado de registro de arma de fogo e eventual porte mantido por ele.
O que diz a defesa de Gusttavo Lima?
A defesa de Gusttavo Lima chamou a decisão que decreta a prisão do cantor de “injusta e sem fundamentos legais” e afirmou que não medirá esforços para provar a inocência do sertanejo. Leia o comunicado na íntegra:
"A defesa do cantor GUSTTAVO LIMA recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. ANDRÉA CALADO DA CRUZ da 12ª Vara Criminal de Recife/PE que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.
Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.
A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor GUSTTAVO LIMA jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.
Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores".