Família de boliviano morto em SP voltará a morar no Brasil

29 abr 2014 - 06h05
(atualizado às 06h13)

Os pais do menino boliviano Bryan Yanarico Capcha, 5 anos, que foi assassinado na zona leste de São Paulo em junho de 2013, afirmaram que pretendem voltar ao Brasil, depois de deixar o País em julho do último ano por conta da morte da criança. As informações são do SBT Brasil.

Dos cinco acusados pelo crime, apenas um adolescente que cumpre medida socioeducativa ainda está vivo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o corpo de Diego Rocha Freitas Campos, 20 anos, foi encontrado no dia 7 de julho no Jaçanã, zona norte da capital paulista, mas foi reconhecido pelo pai do suspeito no Departamento de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP) apenas no dia 11 de setembro. 

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Diego era apontado como o autor do disparo que matou Bryan. Segundo a SSP, ele morreu no mesmo dia que Wesley Soares Pedroso, 19 anos, cujo corpo foi reconhecido ontem.

Outros dois suspeitos, Paulo Ricardo Martins, 19 anos, e Felipe dos Santos Lima, 18 anos, foram encontrados mortos no dia 30 de agosto no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, onde cumpriam prisão preventiva. Um adolescente suspeito de participar do crime também foi apreendido, sendo o único sobrevivente do grupo.

Crime bárbaro

O crime ocorreu na madrugada do dia 28 de junho, quando os criminosos invadiram uma casa onde vivia uma família de bolivianos, que havia se mudado recentemente para São Paulo para trabalhar com confecção. Segundo a polícia, os bandidos se irritaram quando descobriram que as vítimas tinham apenas R$ 4,5 mil em casa e com o choro da criança. Antes de deixar a residência, Diego atirou na cabeça de Bryan.

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Os suspeitos chegaram a pé ao local e renderam o pai, Ediberto Yanarico Quiuchaca, 28 anos, e o tio da criança, Carlos, quando entravam na residência. Eles estavam armados com quatro facas e dois revólveres. Entre oito e 10 pessoas que estavam na casa foram mantidas reféns.

Inicialmente, foram dados R$ 3,5 mil aos ladrões, que pediram mais. Como a família continuava sendo ameaçada, o pai foi até o carro e entregou mais R$ 1 mil. Ainda assim, os criminosos insistiram que havia mais dinheiro no local.

Assustadas, as crianças choravam e faziam barulho, e os bandidos ameaçavam os reféns caso os gritos não parassem. Segundo o investigador Pinto, foi nesse momento que Bryan foi atingido com um tiro na cabeça. "Ele estava no chão, agachado com a mãe (Verônica Capcha Mamani, 24 anos)", contou o policial. 

Fonte: Terra
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