Filho de Suel se entrega à PF após ter prisão decretada

Maxwell Simões Corrêa Júnior é suspeito de envolvimento no esquema de exploração de gatonet comandado pelo pai

8 ago 2023 - 12h53
Maxwell Corrêa, o Suel, com o filho, conhecido como Júnior
Maxwell Corrêa, o Suel, com o filho, conhecido como Júnior
Foto: Reprodução: Redes Sociais

Maxwell Simões Corrêa Júnior, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por suspeita de participação no esquema de exploração de gatonet comandado pelo seu pai, conhecido como Suel, se entregou à Polícia Federal na noite desta segunda-feira, 7. As informações são do jornal O Globo

Há duas semanas, Suel foi preso sob a acusação de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

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Segundo o advogado de Maxwell, Felipe Souza, seu cliente só tomou conhecimento do mandado de prisão contra ele na segunda. A defesa argumenta também que Maxwell é inocente e não está envolvido em nenhuma atividade criminosa. Na visão do advogado, a prisão foi uma medida "exagerada".

"Ele foi preso única e exclusivamente por ser filho do Suel, que está sendo investigado pela morte da Marielle, porque indícios, fatos e provas não têm", disse o advogado.

Na última sexta-feira, uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio e a Polícia Federal foi realizada com o objetivo de executar 7 mandados de busca e apreensão, bem como ordens de prisão.

O mandado de prisão do policial militar Sandro dos Santos também foi emitido, porém ele não foi localizado. Apenas Wellington de Oliveira Rodrigues, conhecido como Manguaça, foi preso durante a operação.

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Investigações 

De acordo com a acusação apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro, Maxwell Júnior é apontado como a pessoa encarregada de transmitir instruções aos subordinados no esquema. 

"O filho do 'dono' da 'GatoNet' se fazia presente nos bairros de domínio da organização criminosa e intermediava o contato de Suel com os subordinados, seja para repassar ordens, seja para centralizar o recebimento do dinheiro recolhido dos 'clientes'", diz um trecho do documento.

Um trecho de uma conversa interceptada pela Polícia Federal revela um diálogo entre Ronnie Lessa, identificado como parceiro de Suel no empreendimento, e Maxwell Júnior.

Durante esse diálogo, Maxwell menciona que está com uma "coisa do Lessa", o que os investigadores interpretam como um possível indício de que ele estava transportando o dinheiro proveniente do esquema de Gatonet para Ronnie Lessa, o ex-policial militar acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.

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De acordo com as apurações, essa atividade tornou-se mais relevante após as detenções de Lessa em 2019 e Suel em 2020, com Maxwell Júnior emergindo como o principal encarregado de gerenciar os recursos do esquema ilícito.

Fonte: Redação Terra
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