O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil do RJ cumpriram nesta sexta-feira, 20, mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra integrantes de milícia do Estado e agentes na área de segurança pública ligados à organização criminosa. A ação é chamada de operação Heron. Entre os alvos, estão policiais militares, agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e uma delegada.
Até a última atualização desta matéria, o MPRJ confirmou sete prisões, sendo dois policiais militares e cinco policiais penais. Segundo a Polícia, armas de fogo, facas e dinheiro foram apreendidos.
A milícia atualmente é comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o 'Zinho', que é foragido da Polícia. Antes era chefiada pelo seu irmão Wellington da Silva Braga (vulgo 'Ecko'), morto em confronto com a Polícia Civil em 12 de junho de 2021, na comunidade Três Pontes, em Paciência, Zona Oeste do Rio.
Segundo a investigação, os procurados repassavam informações sigilosas aos integrantes da milícia sobre operações específicas contra grupos rivais, facilitavam na movimentação dos milicianos e atuavam até mesmo na escolta, com viaturas oficiais, de foragidos da Justiça.
Os alvos da operação desta sexta-feira são:
- Francisco Anderson da Silva Costa (vulgo 'Garça' ou 'PQD', apontado como um dos chefes do grupo criminoso, contra o qual constam diversos inquéritos para apuração de crime de homicídio, dentre outros delitos de extrema gravidade);
- Luiz Bastos de Oliveira Junior ('Pqdzinho');
- Policiais militares Matheus Henrique Dias de França ('Franc'); Leonardo Corrêa de Oliveira ('Sgt. Oliveira'); Pedro Augusto Nunes Barbosa ('Nun'); e
- Policiais penais André Guedes Benício Batalha ('Gue'), Edson da Silva Souza ('Amigo S'); Ismael de Farias Santos; Alcimar Badaró Jacques ('Badá'); Carlos Eduardo Feitosa de Souza ('Feitosa' ou 'Feio') e Wesley José dos Santos ('SEAP').
O nome da delegada não foi divulgado. Segundo a TV Globo, ela era alvo de um mandado de busca e apreensão. A operação também contou com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e da Corregedoria Interna da Polícia Militar.