Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), nesta semana, estão envolvidos em uma rebelião que ocorreu em julho de 2023, em uma penitenciária em Rio Branco, no Acre. Na ocasião, cinco presos foram mortos, e policiais penais foram feitos reféns.
Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". Até o momento, as autoridades não conseguiram encontrá-los. O nome deles foi inserido na lista de procurados pela Interpol, além do sistema de fronteiras.
De acordo com a TV Amazônica, eles foram os responsáveis pela rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em julho de 2023. O motim durou mais de 24 horas, e deixou cinco detentos mortos.
Segundo o UOL, na época, os dois foram levados para o pavilhão isolado após cometerem atos de disciplina. Rogério Mendonça cometeu desacato a um policial penal, e Deibson Nascimento foi flagrado com maconha dentro da unidade.
Quando já estavam na ala isolada, os dois serraram as grades das celas, e esperaram o horário de distribuição da refeição, no qual renderam um policial penal e um faxineiro. Em seguida, eles invadiram um depósito de armas, e com um vasto arsenal, começaram o motim no pavilhão onde estavam lideranças do Bonde do Treze, facção que disputa território com o Comando Vermelho na região.
Naquele pavilhão, cinco detentos foram mortos, sendo três deles decapitados. A rebelião durou mais de 24 horas, e, após ser contida, todos os envolvidos foram transferidos para presídios federais a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), segundo o Ministério Público do Acre.
Fugitivos ainda são procurados
Tanto Rogério Mendonça quanto Deibson Nascimento ainda são procurados pelas autoridades, após a fuga que ocorreu na manhã de quarta-feira, 14, na Penitenciária Federal de Mossoró. O caso é inédito, e chamou a atenção do governo para as ações de segurança dentro das unidades.
Nesta quinta, 15, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou uma série de medidas, como a ampliação de sistema de alarmes, construção de muralhas, reforço de agentes de segurança e aperfeiçoamento do sistema de entradas nos presídios, com implantação de reconhecimento facial.