O publicitário e ex-seminarista Gil Rugai, 29 anos, condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelas mortes do pai e da madrasta, desistiu de cursar Biomedicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A instituição confirmou que o jovem cancelou sua matrícula na manhã desta terça-feira.
Publicidade
Segundo a universidade, Rugai solicitou o cancelamento por e-mail e foi atendido. Ele não compareceu ao primeiro dia de aula da UFCSPA, na segunda-feira.
Gil Rugai conquistou a vaga na UFCSPA pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O publicitário foi julgado na semana passada pelos assassinatos do pai dele, Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, 33 anos, mortos a tiros em 28 de março de 2004, na casa onde viviam, em um bairro nobre da zona oeste de São Paulo. O júri o considerou culpado e aceitou como verdadeira a tese dequeele os matou depois que o pai descobriu um desvio de dinheiro da empresa da família e o expulsou de casa, cinco dias antes. Segundo o magistrado Adilson Paukoski Simoni, por ser réu primário, Rugai poderá recorrer da sentença em liberdade.
O advogado de Rugai, Marcelo Feller, afirmou ontem ao Terra que desconhecia a aprovação de seu cliente no vestibular. Segundo ele, no entanto, não haveria impedimento para o publicitário cursar a faculdade. "Se, de fato, essa notícia for verdadeira, para o Gil poder sair do Estado (São Paulo) e da cidade, ele tem que pedir autorização do juiz. Mas não há impedimento, por ora, para ele cursar", disse.
Rugai já morou em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, em 2008, para prestar vestibular de Medicina na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Por ter se mudado sem autorização da Justiça, foi preso. Na época, o Ministério Público argumentou que o fato de ele ir para uma cidade mais próxima à fronteira com Argentina e Uruguai seria um "ato preparatório para uma eventual fuga".
Publicidade
Em 2009, Rugai foi aprovado na primeira fase do vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Em 2011, ficou como suplente em Biomedicina na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), em Minas Gerais, e em lista de espera na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
1 de 21
O advogado Ubirajara Mangini Pereira, que representa a família de Alessandra de Fátima Troitiño e atua como assistente da acusação, chega para o terceiro dia de julgamento
Foto: Alice Vergueiro
2 de 21
O advogado Marcelo Feller, da defesa de Gil Rugai, chega ao Fórum da Barra Funda no terceiro dia do julgamento
Foto: Alice Vergueiro
3 de 21
Foto: Terra
4 de 21
Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta, chega para o segundo dia de julgamento
Foto: Alice Vergueiro
5 de 21
Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta, chega para o segundo dia de julgamento
Foto: Alice Vergueiro
6 de 21
O advogado Marcelo Feller, da defesa de Gil Rugai, chega para o segundo dia de julgamento
Foto: Alice Vergueiro
7 de 21
Foto: Terra
8 de 21
Acusado de matar o pai e a madrasta, o ex-seminarista Gil Rugai chega para o início de seu julgamento
Foto: Fernando Borges
9 de 21
Ex-seminarista e publicitário chegou ao local do julgamento acompanhado da mãe
Foto: Fernando Borges
10 de 21
Rugai é acusado pela morte do pai, Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, 33 anos
Foto: Fernando Borges
11 de 21
Crime ocorreu na residência do pai de Rugai, em março de 2004, na zona oeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges
12 de 21
Ambos foram mortos dentro de casa, a tiros, e Gil sempre negou a participação no crime
Foto: Fernando Borges
13 de 21
Léo, irmão de Gil Rugai, vai testemunhar a favor dele durante o júri
Foto: Fernando Borges
14 de 21
Perito Ricardo Molina chega para o julgamento do ex-seminarista Gil Rugai
Foto: Fernando Borges
15 de 21
Ricardo Molina foi contratado pela defesa de Rugai para fazer um laudo particular
Foto: Fernando Borges
16 de 21
Advogado da família de Alessandra e assistente da acusação, Ubirajara Mangini, chega para o julgamento
Foto: Fernando Borges
17 de 21
Advogado Mangini enfatizou que o desvio de dinheiro por Gil Rugai está comprovado nos autos do processo
Foto: Fernando Borges
18 de 21
A sala onde ocorre o julgamento de Gil Rugai, no Fórum da Barra Funda, em São Paulo
Foto: Fernando Borges
19 de 21
O perito Ricardo Molina (esq.), contratado pela defesa, e os advogados de Gil Rugai, Thiago Anastácio (centro) e Marcelo Feller
Foto: Fernando Borges
20 de 21
O advogado da família de Alessandra e assistente da Promotoria, Ubirajara Mangini (esq.), conversa com o promotor, Rogério Leão Zagallo
Foto: Fernando Borges
21 de 21
O julgamento de Gil Rugai deve se estender até quarta-feira