GO: serial killer agride fotógrafo ao ser transferido

O suspeito continuará isolado e será avaliado por psiquiatras

22 out 2014 - 17h05
(atualizado às 17h29)
<p>Tiago Henrique Gomes da Rocha tentou suicídio quando estava preso na Delegacia usando cacos de uma lâmpada</p>
Tiago Henrique Gomes da Rocha tentou suicídio quando estava preso na Delegacia usando cacos de uma lâmpada
Foto: Mirelle Irene / Especial para Terra

Nesta quarta-feira, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, serial killer e assassino confesso de 39 pessoas em Goiânia, foi transferido para o Núcleo de Custódia, ala de segurança máxima do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Vários policiais compunham o esquema de segurança da transferência, além de jornalistas de diversos veículos de imprensa.

Os policiais organizaram um cordão que visava afastar o público do preso. Antes de entrar na viatura que o levaria para lá, o suspeito, que vestia um colete a prova de balas e portava um leve sorriso nos lábios, agrediu um fotógrafo que acompanhava a movimentação e que se aproximou mais dele.

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Edilson Pelikano, 45, fotógrafo do Jornal Diário da Manhã, de Goiânia, estava posicionado muito perto do veículo que levaria Tiago da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), onde estava desde que foi preso na última terça-feira, para o presídio, quando levou do suspeito um chute na barriga. “A gente não estava esperando esta situação, mas faz parte da profissão. Foi uma pesada forte, de tirar pica-pau do oco. Tive falta de ar, pois pegou bem no meu estômago”, disse o repórter fotográfico, acrescentando que o golpe de Tiago chegou a desequilibrá-lo e deixou uma marca no seu abdômen.  A câmera do fotógrafo, que trabalha na área há 20 anos, não foi atingida.

A transferência do acusado aconteceu só agora porque os delegados que investigam os crimes a ele atribuídos estavam finalizando detalhes dos inquéritos e colheram vários depoimentos de Tiago. O trabalho terminou na última terça-feira, e o vigilante pode ser removido da cela individual onde estava em isolamento. No Núcleo de Custódia, o suspeito continuará isolado de outros presos, como medida de segurança. A administração do presídio redobrou a vigilância, por causa do perfil do preso, considerado extremamente perigoso e instável, e que tentou, por exemplo, suicídio quando estava preso na Delegacia usando cacos de uma lâmpada.

O suspeito, que tem três novas advogadas - o primeiro advogado que o atendeu deixou o caso na última segunda-feira -, deve começar também a ser avaliado por psiquiatras. O laudo a ser preparado deve indicar se Tiago é ou não desequilibrado mentalmente, e o tipo de julgamento e a pena a que será admitido. 

Fonte: Especial para Terra
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