O goleiro João Paulo escapou por um minuto de ser sequestrado. O condomínio de luxo onde ele mora em Santos, no litoral de São Paulo, foi alvo da ação de assaltantes no começo deste mês. Detalhes do crime, que resultou em troca de tiros de um dos criminosos com a Polícia Militar e seis pessoas feitas reféns, foram divulgados pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 13.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O crime aconteceu na manhã de 1º de outubro na Rua Castro Alves, no bairro do Embaré, em Santos. Segundo a Polícia Civil, o grupo de criminosos invadiu o edifício com a ajuda do porteiro.
Eles tinham como alvo o goleiro do Santos F.C. que, como mostram imagens de câmeras de segurança, havia deixado o prédio um minuto antes da ação criminosa. Em recuperação, João Paulo foi ao Centro de Treinamento para fazer tratamento médico.
"Eu não estava em casa no momento, estava no CT tratando (de uma lesão no tornozelo), só estava a Ju (esposa, Juliane Costa) aqui, mas graças a Deus não aconteceu nada, tá? Tá todo mundo bem aqui, podem ficar tranquilos. Um grande abraço", disse João Paulo em um vídeo publicado no Instagram, ao lado da esposa.
Como o atleta já não estava no prédio, dois homens, uma empregada doméstica e uma advogada foram feitos de reféns, além de dois funcionários que trabalhavam no prédio invadido. Imagens divulgadas pela TV Globo mostram como foi a ação policial.
Negociação, 'caça' a fugitivo e porteiro suspeito
A Polícia Militar foi acionada. Ao chegar, a equipe atirou em um dos suspeitos, de 19 anos, que precisou ser encaminhado à Santa Casa de Santos. Outros dois invasores se entregaram após libertarem as vítimas, horas depois. O quarto suspeito foi encontrado na sequência, enquanto tentava se esconder.
A negociação para rendição e liberação das vítimas, entre os criminosos e equipes da Polícia Militar, durou aproximadamente quatro horas. Um dos criminosos, que tinha deixado o apartamento onde o grupo usava como esconderijo, também foi perseguido pela PM no interior do condomínio.
Após deixar o imóvel pela janela em direção a um apartamento no andar de baixo, o criminoso foi capturado pelos policiais enquanto estava escondido na varanda.
Durante a ação, o grupo roubou cerca de R$ 41 mil em pertences das vítimas, incluindo celulares, acessórios, joias e relógios. Os itens foram devolvidos aos proprietários.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Liliane Doretto, do 3º Distrito Policial de Santos, a polícia prendeu um porteiro do condomínio, que teria envolvimento no crime.
Ele disse ter tido contato com o grupo depois que alguns criminosos o questionaram sobre os moradores do prédio onde trabalhava, já que o edifício fica em uma área considerada nobre. À polícia, o porteiro teria dito que ele e a família foram ameaçados de morte, caso não colaborasse com o roubo.
No dia do crime, o porteiro teria avisado sobre a chegada da empregada doméstica de um dos moradores, o que permitiu o acesso dos bandidos de carro pela garagem. O porteiro deverá responder como coautor do crime.
A polícia investiga o caso como associação criminosa, receptação, fraude processual, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, lesão corporal, homicídio tentado, roubo tentado a residência e localização e apreensão de objeto.