Um homem de 26 anos foi morto a tiros nas costas, disparados por um policial militar que estava de folga, em frente a um mercado na Zona Sul de São Paulo, na capital. O caso aconteceu por volta das 22h40 do dia 3 de novembro, e foi filmado por câmeras de segurança do estabelecimento.
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As informações foram confirmadas pelo Terra. O homem morto foi identificado como Gabriel Renan da Silva Soares. Ele teria furtado produtos de limpeza de uma das gôndolas do mercado, que fica na Avenida Cupecê. Ao tentar fugir com os produtos, ele foi baleado 11 vezes pelo policial militar Vinicius de Lima Britto, de 24 anos. O PM alegou que agiu em legítima defesa.
As imagens de câmeras de segurança mostram que Soares entrou no mercado e passou pelo policial, que estava de folga e passava compras no caixa. Ele não estava fardado. O homem vai até o fundo do mercado e pega quatro pacotes de sabão para roupas.
Ele tenta fugir correndo pela porta da loja, mas escorrega em um papelão na saída. O PM, que estava de costas, se vira para Soares, que estava na calçada, e atira várias vezes contra ele. Soares morreu no local. Com ele, foi encontrada uma carteira com cartão do SUS e uma nota de um dólar.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), informou que o policial militar foi afastado das atividades e o caso está sob investigação.
“O policial militar está afastado das atividades operacionais. O caso segue sob investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As imagens mencionadas foram captadas, juntadas aos autos e estão sendo analisadas para auxiliar na apuração dos fatos”, diz a nota da SSP.
Ainda segundo a secretaria, familiares da vítima foram ouvidos e diligências estão em andamento para identificar e qualificar a testemunha que esbarrou na vítima durante sua fuga do estabelecimento comercial, momentos antes de ser alvejado. “A Polícia Militar acompanha as investigações, prestando apoio à Polícia Civil”.
“Caso as apurações apontem para a responsabilização criminal do policial militar, medidas administrativas serão adotadas, incluindo a possibilidade de processo disciplinar que poderá resultar na sua exclusão da Instituição”, completa o Estado.
A defesa do policial não foi encontrada, mas o espaço segue aberto para manifestação.