Homem que diz incorporar espírito do Dr. Fritz é preso por suspeita de crimes sexuais na Bahia

Kléber Aran Ferreira da Silva é investigado desde setembro de 2020

9 nov 2024 - 19h56
(atualizado em 10/11/2024 às 00h12)
Kléber Aran realizava supostas cirurgias espirituais
Kléber Aran realizava supostas cirurgias espirituais
Foto: Reprodução/g1 Bahia

Kléber Aran Ferreira da Silva, de 50 anos, foi preso neste sábado, 9, pela Polícia Civil da Bahia. O líder religioso, que atua no templo Amor Supremo, em Salvador, afirma incorporar o espírito do médico alemão Adolph Fritz, conhecido como Dr. Fritz. Ele era responsável por realizar tratamentos e cirurgias espirituais em pessoas que frequentavam o local.

O suspeito é acusado de cometer crimes de importunação, abuso e violência sexual. Segundo o g1 Bahia, o homem foi preso durante um evento aberto ao público, em que seriam realizados supostos tratamentos e cirurgias espirituais. Ele é investigado por crimes cometidos contra três mulheres. 

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O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador e foi cumprido por equipes do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) da Polícia Civil no templo Amor Supremo, localizado no bairro Pituba.

De acordo com agentes, o suspeito tinha endereços em cidades como Manaus (AM), São Luiz (AM), Maceió (AL) e Aracaju (SE). Ele costumava promover atos religiosos nesses municípios.

O Ministério Público investiga o homem desde setembro de 2020, quando recebeu denúncias de crimes sexuais de quatro pessoas, sendo três mulheres. Na época, a defesa do líder religioso negou as acusações. 

Em abril de 2021, o Ministério Público (MP) da Bahia cumpriu mandados de busca e apreensão com o objetivo de complementar provas de práticas ilícitas que também foram relatadas pelas vítimas.

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Na denúncia, as vítimas alegaram que eram levadas a participar de rituais supostamente religiosos que serviam, na verdade, para "satisfação dos desejos libertinos" do homem. O MP chegou a detalhar que Aran conseguia o silêncio das pessoas por meio de ameaças à integridade física e mental delas.

Fonte: Redação Terra
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