O vigilante Marcelo Jesus da Silva, 30 anos, que morreu na terça-feira durante uma perseguição policial na Marginal Pinheiros, era uma “pessoa de boa índole” e “ótimo funcionário”, de acordo com o gerente de segurança do condomínio no qual ele trabalhava.
Inicialmente, as autoridades informaram que a moto usada por Silva era roubada, e que por isso ele havia furado o bloqueio de uma blitz na avenida Jornalista Roberto Marinho, no Brooklin (zona sul). Mais tarde, porém, a informação foi corrigida. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), não havia nenhuma queixa de roubo ou furto em relação à moto, apenas débito de licenciamento atrasado. Além disso, Silva dirigia sem habilitação.
“Era um ótimo funcionário, estava no condomínio havia mais de um ano, nunca teve problema com colegas de trabalho e nunca faltou. Trabalhava na empresa GP (de segurança patrimonial), e eu acho que todo mundo sabe que, para entrar em empresa de segurança, a pessoa não pode ter passagem pela polícia”, disse José Roberto Corrêa, chefe de segurança do Condomínio Mustique, no Brooklin.
“Era uma pessoa de boa índole. O que fazia fora a gente não sabe, mas a gente percebia que era uma pessoa que ia de casa para o trabalho, do trabalho para casa”, completou.
Depois de furar o bloqueio, Silva invadiu uma pista da marginal Pinheiros e, depois de percorrer seis quilômetros na contramão, bateu de frente com uma moto. Com o impacto, ele foi lançado para cima de um carro e colidiu com outra motocicleta. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Silva era casado e deixa três filhos.