Um idoso de 71 anos perdeu cerca de R$ 2 milhões após cair em um golpe, no Rio Grande do Sul. Ele foi enganado por um grupo criminoso, que se passava por uma mulher nas redes sociais e pedia quantias em dinheiro.
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De acordo com o delegado de Tupanciretã, Anderson Riedel, responsável pela investigação, a vítima é de Jari. Ele procurou as autoridades após perceber que havia sido ludibriado, entre 2022 e 2023.
“A própria vítima procurou a polícia para fazer o registro de ocorrência. Ela foi procurar um advogado para saber como proceder e aí teve essa orientação de fazer o registro de ocorrência. A história é basicamente a mesma de sempre: uma pessoa se passando por mulher e aí eles tinham contato em um tom amoroso”, explica.
Segundo o delegado, ao ser ludibriado pelos criminosos, o idoso acabou cedendo e fazendo as transferências. “O que chama a atenção é o valor”, reforça. Riedel acredita que o idoso fez as transferências escondido da família, que tomou conhecimento quando fez o registro da ocorrência.
“Em um dado momento, a família restringiu o uso do celular porque tomou conhecimento dos depósitos, o que é bem natural”, aponta.
Na última semana, equipes da Delegacia de Tupanciretã, com o apoio das Polícias Civis de São Paulo e do Ceará, além de agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), prenderam cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em cidades de São Paulo e Ceará.
A Operação Dom Quixote, sob coordenação de Riedel, investiga os crimes de estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo que aplicava golpes. Ao todo, seis pessoas foram presas em Santo André, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Osasco e na capital paulista.
Além disso, foram apreendidos documentos, celulares, notebooks e cartões bancários. Também foi realizado o bloqueio de bens e valores de contas bancárias dos criminosos.
Participaram da ação 25 policiais do Rio Grande do Sul, de diversas delegacias da 3ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPRI) de Santa Maria, do Deic, além de 14 policiais civis de São Paulo e quatro do Ceará.