"Importante reconhecer o erro", diz ministra Guajajara sobre técnico do Palmeiras

Na última quinta-feira (11), depois da vitória sobre o Atlético-GO por 3 a 1, pelo Brasileirão, Abel Ferreira disse que o time paulista "não é uma equipe de índios". A expressão foi usada como sinônimo de desorganização

13 jul 2024 - 13h07
(atualizado às 13h16)

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse neste sábado (13) que foi procurada pela direção do Palmeiras e informada sobre o pedido de desculpas do técnico Abel Ferreira.

Sonia Guajajara é a ministra dos Povos Indígenas
Sonia Guajajara é a ministra dos Povos Indígenas
Foto: Frame/Canal Gov / Perfil Brasil

Guajajara fala sobre reconhecimento do erro

Na última quinta-feira (11), depois da vitória sobre o Atlético Clube Goianiense por 3 a 1, pelo Brasileirão, ele afirmou que o time paulista "não é uma equipe de índios". A expressão foi usada como sinônimo de desorganização.

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"A assessoria do Palmeiras entrou em contato com nosso gabinete para informar sobre o posicionamento do técnico Abel Ferreira, após sua fala. Importante o reconhecimento do erro e o pedido de desculpas às comunidades indígenas do Brasil", escreveu Guajajara nas redes sociais, segundo informações da Agência Brasil.

O pedido de desculpas citado pela assessoria do clube foi postado nas redes sociais de Abel Ferreira na sexta-feira (12).

Também na sexta-feira, Guajajara escreveu que as falas de Abel Ferreira eram "inadmissíveis", por revelar a permanência de estereótipos em relação aos povos indígenas.

"O técnico do Palmeiras errou, e muito, na sua declaração. Gostaria de convidá-lo a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil. E também conhecer a história de colonização de Portugal, seu país de origem, em relação ao Brasil e como estamos trabalhando para rever isso", escreveu.

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Guajajara também citou os posicionamentos recentes do governo português, que em junho assinou Memorando de Entendimento com o Observatório do Racismo e Xenofobia do país, durante visita da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

"O próprio presidente de Portugal, recentemente, admitiu que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil. Uma declaração muito importante porque o reconhecimento de tais crimes é o primeiro passo para ações concretas de reparação", disse.

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