O principal alvo da ação da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 24, é Maciel Carvalho, 41 anos, que era instrutor de tiro de Jair Renan Bolsonaro, segundo a TV Globo. A operação investiga um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro para blindar o patrimônio dos envolvidos.
"O objetivo é reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal. O principal alvo da operação, e mentor do esquema, coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo", informou a Polícia Civil ao Terra.
Maciel Carvalho foi preso em janeiro deste ano e seria o suposto mentor do esquema, conforme a TV Globo. Ele já havia sido alvo de outras duas ações da polícia do DF em 2023: as operações 'Succedere' e 'Falso Coach'.
De acordo com as investigações, o grupo agia a partir de empresas fantasmas. Os suspeitos usavam a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abertura de conta bancária e proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.
Os policiais ainda descobriram que os investigados forjavam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se para isso de dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, assim como mantinham movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.
Quem é Jair Renan e as polêmicas do filho '04' de Bolsonaro
Além de Carvalho, Jair Renan, filho 04 do ex-presidente Bolsonaro (PL), e outra pessoa também são alvos da operação. Segundo a PCDF, foi deflagrada a Operação Nexum, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), para cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Santa Catarina.
Os policiais civis cumprem mandados em dois endereços ligados a Jair Renan: um apartamento em Santa Catarina e outro imóvel no Sudoeste, área nobre da capital federal, conforme a TV Globo.
Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Em nota, a defesa de Jair Renan confirmou a operação e afirmou que foram apreendidos: um aparelho celular, um HD e papéis com anotações particulares, e que não houve condução do filho de Bolsonaro para depoimento ou qualquer outra medida. Renan "diz estar surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido".
O Terra não localizou a defsa de Maciel Carvalho. O espaço segue aberto para manifestação.
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