Com ajuda da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), a Polícia Federal pôs fim à caçada a um israelense suspeito de envolvimento com o jogo do bicho no Rio de Janeiro, que já durava quase dois anos. Foragido desde a deflagração a operação Black Ops, em outubro de 2011, o suspeito foi capturado pela Interpol na semana passada em Sofia, na Bulgária.
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Segundo a PF, o esquema criminoso investigado pela operação unia a máfia israelense e contraventores do jogo do bicho do Rio de Janeiro na exploração de máquinas caça-níqueis e contrabando de veículos de luxo e de pedras preciosas.
A partir das informações repassadas pela Representação Regional da Interpol no Rio de Janeiro, a Interpol da Bulgária conseguiu localizar na cidade de Sofia o israelense, que tinha prisão preventiva decretada pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro. Ele é um dos três israelenses que ainda estava foragido. A Justiça Federal deve pedir ainda nesta semana a extradição do israelense detido.
Black Ops
No dia 7 de outubro de 2011, a Polícia Federal do Rio de Janeiro, com o apoio da Receita Federal, deflagrou a Operação Black Ops, que desarticulou organização criminosa transnacional formada por integrantes da máfia do Clã Abergil, que está envolvida em esquemas ilícitos em diversos países, como agiotagem, prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas.
Dos 22 mandados de prisão expedidos, 16 foram cumpridos. Foram bloqueados bens estimados em mais de R$ 50 milhões, incluindo diversos veículos de luxo contrabandeados que foram comercializados normalmente por uma agência de veículos, além de pedras preciosas.
Outros três mandados de prisão foram cumpridos em 6 de junho de 2012, quando o filho de um conhecido banqueiro do jogo de bicho foi detido durante uma festa realizada na Barra da Tijuca. Todos respondem pelos crimes contra a economia popular, formação de quadrilha, contra ordem tributária, lavagem de capitais, evasão de divisas, estando sujeitos a penas de até 10 anos de prisão, que poderão ser acumuladas ou aumentadas.