A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa pelo homicídio da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os três estão presos desde o dia 24 de março. Outras duas pessoas foram denunciadas e presas nesta quinta-feira, 9.
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De acordo com o jornal O Globo, o documento foi apresentado nesta quarta, 8, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Após a denúncia, foram cumpridos na manhã desta quinta, dois mandados de prisão contra Robson Calixto da Fonseca, o Peixe, que é assessor do deputado federal Domingos Brazão, e o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald. Este último é apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio.
Conforme a investigação, Ronnie Lessa – acusado de ser o executor dos disparos contra a vereadora – relatou que Chiquinho, então vereador do Rio, demonstrou "descontrolada reação" à atuação de Marielle diante da "apertada votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016", no segundo trimestre de 2017.
O projeto em questão ajudaria os irmãos Brazão a regularizar um condomínio inteiro na Jacarepaguá, na Zona Oeste, sem que fosse respeitado o critério de área de interesse social para obter o título de propriedade para especulação imobiliária.
Lessa ainda relatou à Polícia Federal que o delegado Barbosa foi muito importante para que os homicídios ocorressem a mando de Brazão, pois ficaria responsável por garantir "uma espécie de imunidade" aos responsáveis pelo crime.