Jovem morto por PMs que forjaram provas é enterrado no Rio

30 set 2015 - 18h31
(atualizado às 18h59)
Foto: José Lucena / Futura Press

Dezenas de pessoas compareceram hoje (30) ao enterro do corpo de Eduardo Felipe Santos Victor, 17 anos, supostamente morto ontem (29) por policiais militares no Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro. Alguns levavam cartazes em protesto contra a atuação dos quatro PMs flagrados pelo celular de um morador no momento em que colocavam uma arma na mão de Eduardo, já estendido no chão.

Polícia usa corpo de jovem para forjar tiroteiro no RJ
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O vídeo mostra quando um deles aparece dando dois tiros com a arma. As imagens foram divulgadas nas redes sociais. A comunidade tem Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2010.

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“Isso serve para mostrar que hoje não morremos de bala perdida, de troca de tiros. Há 15 dias ocorreu a mesma coisa na comunidade”, declarou Railda França, uma amiga da família que foi ao velório.

Foto: José Lucena / Futura Press

“Fica tudo escondido, ninguém toma providência. Está vergonhoso o que está ocorrendo com nossas crianças. Se um morador não tivesse filmado, seria mais um caso de impunidade. Os bandidos hoje são os policiais. A UPP deveria ser mudada”, afirmou Railda.

Ontem, a Polícia Militar declarou que as cenas divulgadas abalaram a imagem da corporação. Os quatro PMs foram ouvidos na 4ª Delegacia de Polícia, próxima do morro. Em seguida, foram levados à 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

Foto: José Lucena / Futura Press

Quando os policiais deixavam a delegacia, dentro de viaturas da PM, os moradores protestaram, obrigando a polícia a disparar bombas de gás contra o grupo, causando tumulto e correria no local.

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O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Delegacia de Homicídios, informou que a polícia está investigando a fraude, bem como a possibilidade do crime de homicídio.

Foto: José Lucena / Futura Press
Agência Brasil
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