Duas pessoas foram presas durante as investigações sobre as mortes de duas jovens, encontradas em uma área de mata e com sinais de tortura, na cidade de Tangará da Serra, a pouco mais de 240 km da capital Cuiabá (MT), informou a Polícia Civil mato-grossense nesta quinta-feira, 30.
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Os corpos de Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, foram achados nos fundos de uma casa no bairro Vila Nazaré, na noite de quarta-feira, 29. As vítimas apresentavam sinais de tortura, como queimaduras pelo corpo, e estavam amordaçadas.
Segundo as autoridades, as jovens estavam desaparecidas deste terça-feira, 28, conforme relatos de familiares. No entanto, já na quarta, a polícia recebeu a denúncia de que elas haviam sido mortas.
Durante as investigações para identificar os suspeitos do crime, a Polícia Civil chegou ao endereço de uma mulher, de 19 anos, que já era monitorada em uma operação contra o tráfico de drogas.
À equipe, a suspeita relatou que viu duas jovens amarradas dentro de uma casa na região e depois testemunhou que os corpos foram levados aos fundos do imóvel, em uma região de pasto, indicando o local.
Segundo a Polícia Civil, o corpo de Anna Clara estava escondido em uma moita e apresentava marcas de queimaduras nas costas. Ayla, uma jovem transexual, estava uma cova rasa e também tinha sinais de queimaduras. As duas estavam com mordaças na boca.
Na casa próxima ao local onde os corpos foram encontrados, a equipe apreendeu uma barra de ferro, semelhante às marcas encontradas nas duas jovens, além de pá, picareta, uma escavadeira e porções de drogas. Todo o material foi apreendido e encaminhado à perícia.
Após o flagrante, a polícia também localizou um segundo suspeito de envolvimento no crime, um homem de 34 anos, que acabou detido e levado à delegacia. Ambos os suspeitos responderão pelo crime de ocultação de cadáver. A polícia ainda busca por outros envolvidos.
À TV Centro América, o delegado Igor Sasaki, responsável pelo caso, afirmou que as mortes aconteceram a mando de uma organização criminosa. No entanto, a Polícia Civil ainda investiga se as vítimas tinham envolvimento com facções.