O juiz Marcos Luís Agostini, da comarca de Três Passos (RS), negou o desarquivamento do inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo. O pedido havia sido feito pela mãe de Odilaine, Jussara Marlene Uglione, que afirma que surgiram novas provas indicando que a filha não cometeu suicídio, mas foi assassinada. A decisão ocorreu na terça-feira e foi divulgada nesta segunda.
Segundo a defesa de Jussara, foram encontradas lesões no antebraço direito e lábio inferior de Odilaine, além de vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra, entre outros informações de laudo pericial. A defesa afirma ainda que há suspeita sobre a necropsia, já que o técnico responsável é sogro de um primo de Leandro Boldrini, viúvo de Odilaine e pai de Bernardo. Leandro está preso suspeito de participar da morte do menino.
Conforme o juiz, não há no pedido a indicação de algo que modifique a conclusão chegada através de outras provas pela polícia. O Ministério Público (MP) também foi contra a reabertura.
Parecer do MP cita a opinião de um perito para esclarecer a presença de pólvora na mão esquerda – a mãe de Bernardo teria utilizado as duas mãos para fazer o disparo. As lesões, afirma o MP, são resultado de punções em um hospital quando enfermeiros e médicos lutavam para salvar a vida de Odilaine.
O Ministério Público entendeu também que não há prova de amizade ou vínculo de familiaridade entre Leandro e o perito da necropsia. O juiz concluiu, com isso, que o pedido é baseado apenas em alegações e não pode ser acolhido.
Marlon Adriano Balbon, que representa a avó de Bernardo, diz que não é possível recorrer a esse tipo de decisão. Ele afirma ainda que irá discutir com Jussara, mas não há nenhum passo planejado na questão da reabertura do caso de Odilaine.
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)
Foto: Facebook
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Na mesma noite em que corpo foi encontrado, o pai e a madrasta do menino foram presos por suspeita de envolvimento na morte
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Assistente social Edelvânia Wirganovicz está presa e confessou ter participado do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos
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Bernardo morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã de 1 ano em Três Passos (RS)
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A avó materna, que acusa pai e madrasta, com o menino Bernardo
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Certidão de óbito de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, diz que ele morreu no dia em que desapareceu, 4 de abril
Foto: Jader Benvegnú
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Depois do velório em Três Passos (RS), cidade onde Bernardo morava com o pai e a madrasta, o corpo do menino seguiu para Santa Maria (RS), onde familiares e amigos se despedem na capela 3 do Hospital de Caridade
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Brinquedos, fotografias, cartazes e flores foram colocados no entorno do caixão de Bernardo
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Amigos fizeram uma faixa em homenagem ao menino: "nosso anjo"
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Velório de Bernardo foi marcado por muita emoção em Santa Maria (RS)
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, chega para o velório de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna de Bernardo, Jussara Marlene Uglione, 73 anos, acompanhou o enterro do neto
Foto: Jader Benvegnú
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Dezenas de pessoas acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Jader Benvegnú
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Bernardo foi enterrado junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Amigos e familiares acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini na manhã desta quarta-feira
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, deixa o Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) após o enterro do neto Bernardo
Foto: Jader Benvegnú
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Comunidade de Três Passos (RS) fez nesta terça-feira uma nova passeata pedindo Justiça no caso da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Felipe Franke
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Alzira Pretto (direita) era vizinha de Bernardo e defendeu a permanência dos suspeitos na cadeia: "se a Justiça soltar, a gente vai fazer justiça com as próprias mãos", ameaçou
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Passeata reuniu pais, vizinhos, conhecidos e colegas do menino Bernardo
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Caminhada começou na praça Remeu Geraldino Mertz, passou pelo Fórum e terminou em frente à casa onde o menino morava
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Uma das testemunhas disse que é muito difícil cavar onde o corpo foi encontrado
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É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar, disse um policial militar aposentado que denunciou à Polícia Civil a presença do carro do irmão da assistente social Edelvânia Wirganovicz próximo ao local
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Dois dias depois do crime, o militar encontrou Edelvânia no local. Questionada, sobre o que fazia ali, ela disse que parou para molhar os pés em um rio próximo junto com uma sobrinha que estava com ela
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Menino Bernardo foi enterrado em uma cova no interior de Frederico Westphalen
Foto: Felipe Franke
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Local recebeu flores e uma cruz foi colocada
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Cova onde o corpo do menino Bernardo foi enterrado tem cerca de um metro de profundidade
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Militar disse que duvida que uma mulher, mesmo com equipamento adequado, tivesse força muscular suficiente para cavar um buraco no local
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Homenagens foram colocadas no local onde corpo de Bernardo foi enterrado
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Em coletiva, delegada explica indiciamento do pai e da madrasta de Bernardo
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Inquérito da Polícia Civil indiciou pai, madrasta e amiga pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos,
Foto: Polícia Civil
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Através da grade e dos cartazes, amigas olham a casa onde Bernardo vivia
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Passeata pediu justiça à véspera de um mês da descoberta do corpo do menino, encontrado no dia 14 de abril
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Imagem da Polícia Civil durante apresentação das conclusões e deliberações do inquérito