Tirar uma selfie, gravar um vídeo para as redes sociais, tomar um suco e pernoitar em um hotel. Ações corriqueiras, típicas de qualquer brasileiro, facilmente documentadas e armazenadas em aparelhos celulares modernos, equipados com tecnologias como câmeras potentes e sistemas de GPS. Pois foi exatamente esse conjunto de facilidades que colocou um ladrão atrás das grades nesta semana em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
O caso começa ainda na madrugada da quinta-feira (28), quando Diógenes Kauer, 32 anos, vasta ficha criminal por diferentes delitos, resolve assaltar uma lanchonete na cidade. Ao chegar no local encontra um celular e decide usá-lo para gravar vídeos da ação criminosa, numa espécie de “tutorial do crime”. Nas imagens, Diógenes aparece ensinando a arrombar um cofre e a como driblar sistemas de segurança.
Em posse de uma mochila com as ferramentas de “trabalho”, ele detalha os meandros do roubo. No meio da ação, ainda encontra tempo para matar a sede tomando um suco de laranja. Na sequência decide comemorar o sucesso da noite em um hotel, na companhia de duas prostitutas e sob efeito de drogas adquiridas com o dinheiro levado da lanchonete.
Mas a alegria durou pouco. Após a “comemoração”, Kauer é surpreendido pela polícia na porta do hotel logo no começo da manhã. Surpreso, ele tenta negar o assalto, mas foi traído pela tecnologia que tanto parecia dominar: deixou o GPS do telefone ligado, facilitando o trabalho de buscas da investigação.
Dos R$ 10 mil roubados da lanchonete, apenas R$ 6 mil foram recuperados: o restante já havia sido gasto na noitada. No aparelho celular, que o assaltante alegou ter “achado no chão”, os patrulheiros encontraram as selfies e vídeos da noite passada, confirmando o crime. A partir do flagrante, ele foi imediatamente levado para a delegacia e já está recolhido ao sistema prisional.