O laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Campinas comprova que o estudante Denis Casagrande, 21 anos, morreu por causa de um ferimento produzido por uma perfuração de 1,5 centímetros no peito, causado por uma facada na posição transversal. O exame no corpo do jovem revela que ele foi alvo de espancamento e apresenta várias escoriações e hematomas pelo corpo.
O resultado do exame foi apresentado nesta terça-feira ao delegado do Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa, Rui Pegolo, que chefia a investigação do caso do jovem que foi esfaqueado em um festa no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na madrugada de 21 de setembro. Casagrande teria apanhado de outras pessoas com socos, chutes e pontapés mesmo depois de ter caído no chão.
Segundo o delegado Pegolo, agora de posse do laudo e dos depoimentos de cerca de 20 pessoas, a maior parte de testemunhas da ocorrência, o inquérito entra na fase final e pode ser concluído ainda nesta semana. Na manhã de hoje, o delegado voltou a colher o depoimento de Anderson Mamede, 20 anos, que está preso preventivamente por 15 dias e é suspeito de co-autoria na morte do estudante. Ele confirmou a policia ter agredido Denis com um skate.
Além de Mamede, também está presa Maria Teresa Peregrino, 20 anos, que confessou à polícia ter esfaqueado Casagrande. Segundo ela, o estudante a teria assediado. A jovem alega legitima defesa.
O advogado de defesa de Maria Teresa, Rafael Pompermayer, esteve no Setor de Homicídios e não deu entrevista, mas disse que entrou nesta tarde com um pedido de habeas-corpus de sua cliente à Justiça de Campinas.