Líderes de rebeliões em Manaus irão para presídios federais

3 jan 2017 - 11h11
(atualizado às 11h12)
Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
Alexandre de Moraes, ministro da Justiça e Cidadania
Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Os líderes da rebelião que terminou ontem com 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, serão transferidos para prisões federais, confirmaram nesta terça-feira fonte oficiais.

Depois de se reunir com as autoridades do estado do Amazonas, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou na noite de segunda-feira que os principais responsáveis do massacre serão identificados e transferidos para outras prisões do país.

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Moraes também lembrou que o governo liberou recentemente mais de R$ 1 bilhão para criar novas vagas no sistema penitenciário, que sofre com graves problemas de superlotação.

Após o massacre em Manaus, o ministro da Justiça afirmou que o governo estuda implantar três medidas "fundamentais" no menor tempo possível para conter novas rebeliões e que, na sua opinião, foram "ignoradas" nos últimos anos no Brasil.

Moraes ressaltou a necessidade de implementar um serviço de inteligência nos presídios, sugeriu um aumento dos investimentos para instalar sistemas de bloqueio de telefones celulares no interior das prisões e pediu a separação dos presos mais perigosos do restante dos réus.

O ministro se reuniu na noite de ontem com o governador do Amazonas, José Melo, com quem analisou a crise no sistema prisional do estado.

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O Comitê de Gerenciamento de Crise da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas confirmou que 56 presos morreram no Compaj, o que o transforma no segundo maior massacre da história carcerária do país.

Outros quatro detentos foram assassinados na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, e houve rebeliões em outras duas unidades do estado.

A rebelião no Compaj começou na tarde de domingo, quando membros da organização criminosa Família do Norte (FDN), que mantêm o controle sobre a unidade, iniciaram uma disputa com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que opera em São Paulo.

O motim deixou um rastro de sangue no presídio, onde dezenas de pessoas foram brutalmente assassinadas, algumas delas esquartejadas e decapitadas, e amontonadas em diversas áreas comuns do complexo.

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No total, 184 pessoas fugiram durante as rebeliões registradas entre domingo e segunda-feira, e as autoridades conseguiram recapturar pelo menos 40.

  
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