Madrasta usou brinquedos para induzir enteada a se afogar em máquina de lavar, diz MP

Menina morreu em 2022 com asfixia mecânica interna; MP do Paraná denuncia a mulher por homicídio qualificado

27 jan 2025 - 18h48
(atualizado às 22h53)
Foto: Reprodução/RPC/Globo

Em maio de 2022, uma menina de 3 anos morreu com asfixia após cair dentro de uma máquina de lavar roupas em Cascavel, no oeste do Paraná. Agora, quase três anos depois, o Ministério Público do Paraná denunciou a madrasta da menina por homicídio qualificado, indicando que ela usou brinquedos e um banquinho de plástico para induzir a enteada a se afogar.

Conforme informou o Ministério Público, em nota publicada na última sexta-feira, 24, a madrasta teria provocado a morte da menina ao colocá-la em um banco de plástico em frente ao eletrodoméstico, que estava cheio de água e com alguns brinquedos da criança. Depois disso, a madrasta teria deixado a menina sozinha no local, brincando.

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A partir disso, a 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel, que assina a denúncia, entende que “denunciada tinha plena consciência do risco ocasionado por suas condutas e assumiu o risco de ocasionar a queda da vítima no interior da máquina de lavar roupas e seu afogamento”.

A conclusão da denúncia, a partir das investigações, é de que o crime foi cometido por ciúmes e sentimento de posse da madrasta em relação ao pai da criança, com quem ela se relacionava. “Ela acreditava que a menina estaria prejudicando a relação dos dois, em razão da proximidade mantida pelo companheiro com a ex-esposa, mãe da menina”, descreveu o MP.

O processo, que corre em segredo de Justiça, foi oferecido no dia 18 de dezembro e recebido pelo Judiciário nas últimas semanas. Agora, a denunciada se tornou ré no processo, que tramita na 1ª Vara Criminal de Cascavel.

 A defesa da denunciada não foi identificada, e o espaço segue aberto para manifestação.

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Fonte: Redação Terra
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