Médica identificou golpista que exercia medicina em seu nome após denúncia

Mulher se passava por médica usando CRM para fazer procedimentos estéticos e receitar cannabis medicinal

5 jun 2023 - 13h06
(atualizado às 13h50)
Marcela Gouveia se passava por médica e usava registro de profissional
Marcela Gouveia se passava por médica e usava registro de profissional
Foto: Reprodução/TikTok

A médica otorrinolaringologista Marcela Gouvêa, de Mairiporã, revelou que ficou sabendo que uma golpista estava usando seu CRM para exercer a medicina de forma ilegal, em seu nome. A descoberta ocorreu após receber uma denúncia de um desconhecido nas redes sociais.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida no domingo, 4, a médica contou que a golpista tinha um nome similar ao dela: Marcela Castro Gouveia. Formada em Farmácia, a farsante atendia pacientes em um consultório de alto padrão, onde usava o CRM da médica para receitar remédios e solicitar exames. O número do CRM se refere ao cadastro no Conselho Regional de Medicina.

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"Eu recebi um contato de uma pessoa que eu não conheço fazendo essa denúncia: 'Oi, tudo bem? Você não me conhece. Eu estou aqui para te falar que tem uma pessoa usando o seu CRM'", relembra Marcela.

A mulher cobrava R$ 700 reais por consulta e realizava procedimentos estéticos, além de prescrever o uso da cannabis medicinal aos pacientes. Uma amiga da médica, que é advogada, topou agendar uma consulta com a golpista. Andrea Tessaro foi acompanhada de uma investigadora da Polícia Civil, que se passou por amiga.

No fim da consulta, a falsa médica dobrou uma requisição de exames e colocou em um envelope. Andrea abriu o envelope para checar o número do CRM do carimbo utilizado no pedido médico, e viu que tratava-se do número de registro profissional da Marcela verdadeira, sua amiga.

A falsa médica foi presa em flagrante por exercício ilegal da medicina e por falsidade ideológica. À polícia, ela alegou que está cursando Medicina, mas até o momento nenhum comprovante foi apresentado.

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Marcela Gouveia passou a noite na delegacia e, para responder ao processo em liberdade, pagou R$ 50 mil em fiança, além de se comprometer a ir mensalmente ao Fórum para relatar suas atividades. Ela também não pode deixar a cidade sem autorização da Justiça.

Fonte: Redação Terra
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