Uma mulher passou por uma operação cesariana, mas, depois da cirurgia, ouviu do médico que não havia nenhum bebê, e que ela tinha uma gravidez psicológica. A cesárea ocorreu na última segunda-feira, no Hospital Santa Terezinha, em Monte Carmelo (MG), a 490 quilômetros de Belo Horizonte.
O pai da suposta criança registrou um boletim de ocorrência após a operação. Agora, a Polícia Civil investiga se a mulher, Cláudia Aparecida Lopes, 30 anos, falsificou documentos e exames para realizar o "parto", ou se o caso se trata de um erro médico.
A cesárea foi realizada pelo ginecologista e obstetra Jose Tomás de Oliveira, que ainda não prestou depoimento à polícia. O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido, já que, segundo o órgão, a família não denunciou o caso a eles.
"A gente solicitou à Secretaria Municipal de Saúde a realização de novos exames nela - exame de sangue, novo ultrassom", disse a chefe das investigações, delegada Cláudia Coelho Franchi, que busca provas de que a mulher não estava esperando um bebê. Segundo a delegada, a hipótese de que Cláudia Lopes estivesse grávida e a criança tivesse sido sequestrada é a mais remota.
Caso seja comprovado o erro médico, Oliveira pode ser indiciado criminalmente por lesões corporais culposas, em que não há intenção de ferir a vítima. Além disso, o ginecologista pode sofrer medidas cíveis aplicadas pelo CRM.