MG: avião que caiu com prefeito não foi atacado, diz polícia

Prefeito de Central de Minas morreu após sobrevoar ocupação do MST; Aeronáutica também investiga o caso

15 jul 2015 - 20h59
(atualizado às 21h23)

A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quarta-feira que investigações preliminares apontam que a aeronave que caiu ontem em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no interior de Minas Gerais não foi “atingida por algum objeto externo antes do acidente”. O caso ainda será investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que deverá apontar o motivo da queda.

Imagem tirada por integrantes do MST após o acidente
Imagem tirada por integrantes do MST após o acidente
Foto: site oficial MST / Divulgação

Duas pessoas que estavam no avião morreram no acidente, entre elas o prefeito do município Central de Minas, Genil Mata da Cruz (PP), 39 anos. No momento da queda, o avião sobrevoava uma fazenda na cidade vizinha de Tumiritinga (350 km de Belo Horizonte), que seria de propriedade do prefeito e está ocupada pelo MST.

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De acordo com líderes dos Sem Terra, o acampamento foi atacado com rojões e outros artefatos explosivos, jogados de dentro do avião. A Polícia Civil afirma que está apurando a suspeita e que recolheu fragmentos no local, que serão submetidos a perícia. Ainda de acordo com a polícia, já está confirmada a presença de outra aeronave no momento da queda. Os tripulantes desse segundo avião já foram localizados e estão sendo interrogados.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o MST afirma que o espaço de 1,5 mil hectares foi ocupado no último dia 5 de julho. Considerada improdutiva, a terra pertencia à empresa Fíbria Celulose, mas teria sido adquirida por Genil Mata da Cruz. Ainda segundo o movimento, o prefeito não possuía nenhum documento relativo à propriedade do terreno, o que o impossibilitou de solicitar a reintegração de posse. "Ao não poder despejar as famílias, Genil da Cruz disse que resolveria a situação à sua maneira", afirmou o MST.

Fonte: Terra
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