Testemunhas de defesa foram ouvidas nesta segunda-feira no júri popular de Érika Passarelli, acusada de matar o próprio pai em 2010 para receber o seguro de vida dele, no fórum de Itabirito, na região central de Minas Gerais. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), a primeira testemunha foi o corretor de seguros que fez a apólice de seguro do representante comercial Mário José Teixeira Filho que tinha como beneficiária Érika.
Segundo a testemunha, a vítima teria dito que, como viajava muito, tinha medo de sofrer algum acidente e morrer, deixando o filho adolescente sem amparo escolar. Assim, colocou Érika como tutora do menino.
O corretor disse ainda que não sabia que Mário José era foragido da Justiça à época da assinatura do seguro, nem que Érika já tinha sido condenada pelo crime de estelionato à pena de três anos e quatro meses. Ele afirmou que o pagamento do seguro só é feito após o encerramento do inquérito e o setor jurídico da empresa de seguro cancelou a apólice.
Segundo a depor, um amigo da família afirmou que a vítima era maquiavélica e envolvia pessoas próximas em suas atividades criminosas. A testemunha disse ainda ter sido prejudicado por Mário José. Segundo o depoente, a vítima era um estelionatário nato, pois iludia as pessoas com facilidade, batia na mulher, mas era carinhoso com a filha Érika e a chamava de “minha loirinha”.
O assassinato de Mário José Teixeira Filho, 50 anos, aconteceu no dia 5 de agosto de 2010, em Itabirito, região central de Minas Gerais. Ele foi morto com três tiros e a filha é suspeita de ser a mandante. Os comparsas no crime seriam o namorado da estudante na época, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19 anos, e o pai dele, Santos das Graças Alves Ferraz, 47 anos.
Érika Passarelli foi presa em março de 2012, em uma casa de massagens em Vargem Pequena, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ela ganhava cerca de R$ 10 mil por mês com programas.