O Ministério Público do Rio de Janeiro irá denunciar novos nomes, entre eles policiais, no caso do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho deste ano. A assessoria de imprensa explicou que o total de pessoas que será incluído na denúncia ainda não está definido. Até agora, dez policiais militares foram indiciados pelo MP de torturar, matar e ocultar o corpo do pedreiro na Rocinha, no Rio de Janeiro.
Ontem, o depoimento de um policial militar que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha na noite do desaparecimento lançou novas pistas sobre o destino de Amarildo. Ele afirmou que o pedreiro teria sido vítima de tortura dentro da UPP e seu corpo levado à mata após "algo sair errado". Além dos 10 PMs já indiciados, o depoimento incriminou outros cinco policiais que atuam na UPP da Rocinha.
Com base no depoimento do policial, a Polícia Civil realizou novas buscas na segunda-feira na região, na tentativa de localizar o corpo de Amarildo. O PM e sua família estão sob proteção da polícia e não tiveram a identidade revelada por motivos de segurança.
O sumiço de Amarildo
Amarildo sumiu depois de ser levado por PMs para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. O ex-comandante da unidade sustentou que o pedreiro foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem Amarildo saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância que poderiam registrar a saída dele não estavam funcionando. Dez PMS foram presos e serão julgados por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.