Ministra condena violência em protestos contra aumento da passagem

14 jun 2013 - 18h13
(atualizado às 18h17)

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, criticou nesta sexta-feira os excessos cometidos por manifestantes e policiais durante os protestos contra o aumento do preço das passagens de ônibus que ocorrem em várias capitais do País. Os confrontos mais violentos foram registrados ontem em São Paulo, onde ao menos 5 mil pessoas se uniram à manifestação e 232 terminaram detidas, segundo a polícia.

"Não é justificável que manifestações utilizem métodos violentos, mas também não é justificável que manifestantes sejam reprimidos de forma violenta", declarou a ministra à Agência Brasil, pedindo que os participantes de novos protestos, caso ocorram, evitem depredações ou atos de violência.

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"Os manifestantes devem pensar que atitudes violentas não combinam com a democracia, democracia que o Brasil construiu com manifestações e que exige que todos os protestos sejam feitos exclusivamente na perspectiva do Estado Democrático de Direito, sem nenhuma forma de violência e de depredação", comentou a ministra.

"Com isso, eu jamais vou querer justificar qualquer atitude violenta por parte da polícia ou do Estado", acrescentou Maria do Rosário. "As forças do Estado não podem agir de forma violenta. Não combina com o Brasil a violência a manifestantes, nem a profissionais da imprensa que estavam trabalhando", disse a ministra, referindo-se aos jornalistas feridos ou detidos durante os protestos de ontem na capital paulista.

Maria do Rosário disse ter conversado com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, e colocado a estrutura da SDH à disposição do governo paulista. "Desejamos que esses episódios sejam superados. Entrei em contato com o secretário para valorizar a disposição do governo estadual de esclarecer tudo o que ocorreu, inclusive a violência cometida pela polícia. E também para nos colocar à disposição para ajudar naquilo que pudermos", concluiu a ministra. 

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Agência Brasil
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