Ministra manifesta solidariedade a policial agredido em protesto em SP

26 out 2013 - 14h32
(atualizado às 14h34)
<p>Soldado à paisana tenta proteger coronel Rossi das agressões de manifestantes</p>
Soldado à paisana tenta proteger coronel Rossi das agressões de manifestantes
Foto: Reuters

Em sua página no Facebook, a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, manifestou solidariedade neste sábado ao coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento na área do centro de São Paulo, agredido durante a manifestação na capital paulista na noite de sexta-feira. "Repudiamos qualquer tipo de violência. A preservação da vida e o respeito ao ser humano vêm sempre em primeiro lugar. Manifestações são expressões democráticas fundamentais, mas em nada combinam com a violência", escreveu na rede social.

Maria do Rosário também ressaltou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República está à disposição do comandante e de todas as pessoas que sofreram qualquer tipo de agressão nas manifestações. O coronel teve a clavícula quebrada e sofreu escoriações na face e na cabeça.

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Na noite de ontem, cerca de 3 mil pessoas saíram do Theatro Municipal e seguiram para o terminal Dom Pedro, na praça da Sé, para pedir tarifa zero nos ônibus da capital paulista. Durante o ato, parte dos manifestantes forçou a entrada do parque Dom Pedro II, abriu os portões e depredou ônibus e bilheterias.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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