Kawara Welch Ramos de Medeiros, de 23 anos, foi presa no início de maio deste ano, suspeita de cometer stalking contra um médico em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que foi ao ar no domingo, 19, a vítima denunciou que a jovem o persegue desde 2018.
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Segundo o médico, ao longo dos anos, ela já chegou a enviar 1.300 mensagens e ligar mais de 500 vezes em um único dia.
Nas redes sociais, Kawara aparenta ser uma jovem comum. Ela é artista plástica e modelo e usava seu perfil no Instagram para postar quadros assinados por ela. A maioria retratava paisagens, flores e corações. Ela também compartilhava fotos com familiares e amigos, sempre bastante sorridente.
Atualmente, ela estava cursando Nutrição em Uberlândia (MG), segundo informou a reportagem da TV Globo.
Desde a divulgação do caso, a jovem vem ganhando seguidores e está atualmente com 6.412. Nos comentários das fotos, internautas opinam sobre a repercussão do crime.
Relembre o caso
Ao Fantástico, o médico revelou que Kawara perseguiu ele, a esposa e o filho. Na mesma época, ela compartilhava nas redes sociais montagens de fotos para dar a entender que os dois tinham algum tipo de caso amoroso. Além disso, ela começou a marcar presença em congressos de Medicina.
Por volta de 2022, a artista plástica começou a seguí-lo nas ruas e no trabalho. Segundo a vítima, uma vez, ela chegou a invadir o consultório durante o atendimento de uma paciente.
Kawara ainda trocou agressões com a esposa do médico, xingamentos e até acusações de roubo: "Eu tinha momentos de horrores, que eu entrava em pânico, porque ou ela aparecia ou ela fazia alguma coisa inesperada."
Ao longo dos anos, o médico chegou a registrar 42 boletins de ocorrência contra Kawara Welch. Em determinado momento, a polícia prendeu ela em flagrante por stalking, prática de intimar e perseguir pessoas, virtual ou fisicamente. Ela ficou uma semana no complexo penitenciário, pagou fiança de R$ 3,5 mil e passou a responder o processo em liberdade.
Em março de 2023, a Justiça determinou a prisão preventiva dela por descumprir medidas cautelares. Na época, ela não se entregou e foi considerada foragida por um ano. O advogado de Kawara alega que houve um envolvimento entre ela e o médico, o que ele nega.