MP denuncia 19 acusados de movimentar R$ 8 bi para infiltrar PCC nas eleições municipais

Mais de R$ 8,1 bilhões tinham sido bloqueados das contas dos investigados após a deflagração da Operação Decurio

10 out 2024 - 18h12
(atualizado às 23h04)
Operação Decurio foi realizada pela Polícia Civil paulista
Operação Decurio foi realizada pela Polícia Civil paulista
Foto: Divulgação/Governo de SP / Estadão

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça 19 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema criminoso que movimentou R$ 8 bilhões por meio de um "banco do crime" e utilizou outras 19 empresas para financiar candidaturas de membros de uma facção nas eleições municipais de São Paulo. As informações são do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Mais de R$ 8,1 bilhões já tinham sido bloqueados das contas dos investigados após a deflagração da Operação Decurio, conduzida pela Polícia Civil em agosto deste ano em 15 cidades paulistas. Segundo a polícia, as investigações revelaram um plano de infiltração de integrantes da facção nas eleições municipais, com o lançamento de candidatos a cargos públicos.

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A operação visou desarticular a organização criminosa, que também é envolvida nos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos. Ao todo, foram efetuadas 13 prisões e diversas apreensões de celulares, notebooks, tablets, armas de fogo, munições, R$ 25 mil em dinheiro e US$ 4,6 mil, relógios de luxo, além de oito veículos.

As investigações começaram com a prisão de uma mulher, responsável pelo armazenamento de drogas na região de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Ela é esposa de um dos líderes da facção e atuava como intermediária entre os membros encarcerados e aqueles em liberdade.

Por meio da apreensão de cartas, documentos e dispositivos eletrônicos, os policiais conseguiram identificar vários membros do grupo, resultando na expedição dos mandados pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Direitos da Capital.

As investigações também revelaram um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Além disso, foi confirmada a infiltração de membros da facção nas eleições municipais, com ao menos uma servidora pública identificada como parte do alto escalão da organização.

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Aproximadamente 400 policiais participaram da operação, atuando em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Santo André. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou ao Terra que a investigação continua em andamento pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Mogi das Cruzes para a identificação de outros envolvidos.

A reportagem também entrou em contato com o Ministério Público de São Paulo, mas não obteve nenhum retorno. 

Fonte: Redação Terra
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