O MPSP denunciou seis pessoas por envolvimento no assassinato do delator do PCC, Vinicius Gritzbach, ocorrido em 2024 no Aeroporto Internacional de São Paulo. A Polícia Civil concluiu que o crime foi ordenado por Emílio Carlos Gongorra Castilho e Diego dos Santos Amaral.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou nesta segunda-feira, 17, uma denúncia à Justiça contra seis acusados de envolvimento direto no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime ocorreu em 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Além disso, o MP solicitou a conversão dos mandados de prisão temporária dos acusados em prisões preventivas.
A denúncia ocorre três dias após a Polícia Civil anunciar que concluiu a investigação principal sobre a morte de Gritzbach, que foi executado em plena luz do dia, em um dos aeroportos mais movimentados da América Latina.
De acordo com as investigações, a motivação do assassinato foi a acusação de que Gritzbach teria ordenado a morte de dois membros do PCC, Anselmo Santa Fausta (o Cara Preta) e Antônio Corona Neto (o Sem Sangue).
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A polícia apontou que o crime foi planejado por Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, e Diego dos Santos Amaral, o Didi. Ambos são apontados como os mandantes da execução, com base em provas técnicas, incluindo conversas no WhatsApp, que indicam o envolvimento direto dos dois no planejamento do assassinato.
Além dos mandantes, foram indiciados três policiais militares, suspeitos de atuarem como executores do crime: o cabo Denis Antônio Martins, o soldado Ruan Silva Rodrigues e o tenente Fernando Genauro, que também era responsável pelo transporte dos atiradores até o aeroporto.
O grupo foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público pelos seguintes crimes:
- Homicídio triplamente qualificado (pela morte do motorista de aplicativo);
- Duas tentativas de homicídio duplamente qualificadas (pelos ferimentos causados a outras duas pessoas que estavam no aeroporto);
- Homicídio quintuplamente qualificado (pela execução de Vinicius Gritzbach).
Além disso, o MP, em sua denúncia contra os seis acusados, apontou que eles participaram dos homicídios e das tentativas de homicídio com os seguintes agravantes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de arma de fogo de uso restrito.
Os três policiais militares já estão presos no Presídio Romão Gomes da Polícia Militar, na Zona Norte de São Paulo, desde janeiro de 2024. No entanto, os mandantes e o olheiro do aeroporto, Kauê do Amaral Coelho, ainda permanecem foragidos.