O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou nessa terça-feira, por meio da 9ª Promotoria de Investigação Penal, os policiais militares (PMs) Márcio José Watterlor e Delviro Anderson Moreira Ferreira pela morte de Haíssa Vargas Motta. Ela foi assassinada com um tiro nas costas em agosto de 2014, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, durante abordagem policial.
Os policiais responderão pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar. De acordo com o Código Penal, a pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Os PMs tinham sido afastados das atividades públicas da corporação e, por isso, aguardarão o julgamento em liberdade. Entretanto, por ordens judiciais, deverão entregar as armas para cautela da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Inicialmente, apenas Márcio José, autor dos disparos, seria denunciado, mas, segundo a denúncia, Delviro contribuiu para o crime, já que era o comandante e dirigia a viatura durante a perseguição. Além disso, o fuzil utilizado por Márcio estava sob cautela de Delviro.
Lotados no 41º Batalhão Militar (Irajá), os policiais abordaram o carro onde Haíssa estava com mais quatro amigos na madrugada do dia 2 de agosto de 2014. Durante a perseguição foram efetuados nove disparos. O caso só ganhou visibilidade pública após a divulgação do vídeo produzido pela câmera da viatura utilizada na ação.