O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) investiga a participação de homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na retirada do corpo do pedreiro Amarildo de Souza da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no dia 14 de julho deste ano. Para a promotoria fluminense, Amarildo foi mortos por PMs da unidade após ser torturado. As informações são do jornal O Dia.
Há duas semanas, quatro veículos da unidade foram submetidos ao exame do luminol – usado n identificação de vestígios de sangue - por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
O MP pediu também o mapeamento do GPS das quatro viaturas, mas o localizador só tinha sido instalado em dois carros. De acordo com a publicação, as informações sobre o equipamento e o resultado do exame com o luminol devem ser encaminhados à promotoria fluminense até o início de novembro.
O sumiço de Amarildo
Amarildo sumiu depois de ser levado por PMs para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. O ex-comandante da unidade sustentou que o pedreiro foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem Amarildo saindo da UPP, pois as câem frente à UPP. E eles ainda não contavam que uma outra câmera, mais para o fim da escada, estava em pleno funcionamento e não registrou a passagem do pedreiro como eles alegavam", completou ainda a promotora do Gaeco.
Os dez primeiros PMs denunciados e já presos negam participação no crime. O corpo de Amarildo segue com paradeiro desconhecido - no último dia 27 de setembro, uma ossada foi localizada no município de Resende, no sul do Estado do Rio de Janeiro. A necrópsia realizada, no entanto, não foi esclarecedora e um novo exame será realizado a fim de concluir o relatório para definir se trata-se, ou não, do ajudante de pedreiro morador da Rocinha.