MT: necropsia aponta que bebê abandonado morreu por asfixia

16 jan 2015 - 16h23
(atualizado às 16h33)

Laudo da necropsia realizada na manhã desta sexta-feira (16) no corpo do recém-nascido, encontrado morto às 21h da noite passada na pista de uma avenida movimentada de Cuiabá (MT), a Miguel Sutil, aponta que ele faleceu de anoxia neonatal, ou seja, falta de oxigênio. Isso quer dizer que já estava em óbito quando deixado no asfalto.

A Coordenadoria de Medicina Legal não encontrou qualquer traumatismo na criança, por isso investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descartaram a tese inicial de que ela teria sido arremessada pela janela de uma caminhonete Hilux em movimento.

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Conforme a Polícia investigou, a Hilux tida incialmente como suspeita é de um casal de Tangará da Serra, interior de Mato Grosso, que havia passado em um supermercado próximo para comprar um celular. Quando saíram do supermercado, teriam visto o bebê no asfalto. O casal prestou esclarecimentos à polícia. “Aparentemente não há nenhuma relação deles com o fato", comentou a delegada Anaíde Barros, titular da DHPP.

O caso será encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), que dará continuidade às investigações para localizar a mãe da criança. 

O laudo de necropsia aponta que o bebê, quando encontrado, havia morrido há menos de 12 horas. Segundo o médico legista do Instituto de Medicina Legal (IML), a criança nasceu saudável, sem má formação e estava com nove meses de gestação, pesando 3 quilos e 100 gramas, com 54 centímetros. O médico ainda disse que a mãe iniciou o trabalho de parto com a criança em vida, mas ela acabou morrendo por anoxia neonatal. Ele assegurou que, se a mãe estivesse em um hospital, a criança sobreviveria.

Outra tarefa da polícia é verificar onde este parto foi realizado e por que a mãe não foi para o hospital. Testemunhas disseram aos investigadores que havia uma mulher muito nervosa nas proximidades do corpo no asfalto, mas depois ela sumiu entre os populares que se amontoavam para conferir o pequeno corpo, ainda ligado à placenta, envolvo em um saco plástico.

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A Polícia Civil está analisando imagens de câmeras públicas de segurança na localidade para tentar chegar à pessoa que teria deixado a criança no meio do asfalto.

Fonte: Especial para Terra
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