"Não há dúvida de que foi execução", diz governador do RJ sobre médicos mortos a tiros

Crime ocorreu durante a madrugada desta quinta-feira, no Rio; vítimas estavam na cidade para um congresso

5 out 2023 - 10h32
(atualizado às 11h45)
Claudio Castro
Claudio Castro
Foto: Mateus Bonomi/AGIF

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirmou que está convencido de que a morte de Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, e outros dois médicos, ocorrida na madrugada desta quinta-feira, 5, foi uma execução. No entanto, ele pondera que é prematuro considerar um crime político. As declarações foram dadas na manhã desta quinta ao blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

Diego Bomfim faz parte do grupo de 4 médicos ortopedistas que foram alvo de tiros na madrugada de hoje, em um quiosque localizado na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). 

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O caso ocorreu por volta de 1h. Imagens de câmeras de monitoramento do local mostram um carro branco parado na avenida da praia. Neste momento, os ocupantes do veículo, todos vestindo roupa preta, desembarcam e vão em direção às vítimas, que estão sentadas no local.

Três médicos são mortos a tiros em quiosque na Barra da Tijuca (RJ)
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A movimentação é toda registrada pelas imagens. Os criminosos passaram a atirar contra as vítimas, e dá início a correria de pessoas que estão no quiosque. Após os disparos, o bando volta correndo para o carro, que segue para rumo desconhecido. 

As vítimas são Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf. Eles chegaram a receber atendimento médico dos bombeiros, mas não resistiram. Um quarto homem, identificado como Daniel Sonnewend Proença, foi atingido pelos disparos, e socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, onde está internado com quadro de saúde estável.

Os suspeitos ainda não foram presos. A perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizou uma perícia no local, e investiga as mortes. 

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Os três profissionais são de São Paulo e estavam no Rio para um congresso Minimally Invasive Foot Ankle Society (Mifas), que ocorrerá nesta quinta.

Vista do quiosque localizado na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, onde três médicos foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira, 5 de outubro de 2023
Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO

Polícia Federal atuará no caso

À coluna de Guilherme Mazieiro, do Terra, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse que solicitou à Superintendência da PF no Rio contato com a unidade de homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro para buscar informações sobre a execução dos três médicos.

"Conversei com o Ministro [da Justiça, Flávio Dino] agora, e solicitei que o Superintendente do RJ entre em contato com a unidade de homicídios da PC/RJ, para buscar mais informações", disse o diretor à coluna.

Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal vai acompanhar as investigações "em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais" e prestou solidariedade aos deputados e familiares das vítimas.

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O deputado federal Orlando Silva também se manifestou e afirmou estar “perplexo” com o caso e se solidarizou com a dor de Sâmia. “Os criminosos nada levaram, apenas renderam e atiraram, o que leva a polícia a investigar a hipótese de execução. Frieza e violência abomináveis. Meus sentimentos aos familiares e amigos, especialmente à deputada @samiabomfim , irmã de uma das vítimas”, escreveu no Twitter.

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Fonte: Redação Terra
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