No 7º depoimento à PF, Mauro Cid fala de vacinas, joias e golpe

Segundo investigadores, o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro relatou que o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, era contra o golpe de Estado

12 mar 2024 - 11h39
(atualizado às 16h17)

Vacina, joias e de tentativa de golpe de Estado: estes foram os assuntos abordados pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em seu depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (11). As informações são da jornalista Camila Bomfim, do g1.

Mauro Cid prestou o sétimo depoimento a PF
Mauro Cid prestou o sétimo depoimento a PF
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil / Perfil Brasil

De acordo com os investigadores, Cid afirmou que o entorno de Bolsonaro (ex-assessores e militares), alvo da operação sobre tentativa de golpe, e o próprio ex-presidente já tinham sido alertados que não havia fraude em urna eletrônica, e que o sistema era completamente confiável e seguro. Ainda assim, segundo Cid, seguiram se reunindo e tramando golpe.

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Quem acompanhou o depoimento disse que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro relatou que, mesmo alertado, o grupo seguiu com narrativas porque desacreditar o sistema era a única forma de embasar o golpe.

As mensagens já públicas do celular de Mauro Cid confirmam, com datas, que apesar de relatórios e reuniões legitimando a segurança das urnas, o discurso  e os planos continuavam, como a minuta do golpe e a suspeita de um texto editado pelo próprio Bolsonaro.

Segundo investigadores, Cid também relatou que o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, era contra o golpe, conforme já demonstraram mensagens de interlocutores de Bolsonaro, encontradas no celular do ex-ajudante de ordens.

Cid começou a ser ouvido por volta das 15h desta segunda-feira e só foi liberado na madrugada desta terça (12), pouco depois da 00h15. Ao todo, ele esteve na sede da PF, em Brasília, por cerca de nove horas. Este foi o sétimo depoimento do tenente-coronel.

Ele não é investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado e que deu origem à Operação Tempus Veritatis (Tempo da Verdade), deflagrada no mês passado.

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