Um empresário é suspeito de planejar a morte dos padrinhos de seu casamento, Washington e Lúcia Santana, logo após a festa em Campina Grande, na Paraíba, em março. Nelsivan Marques foi preso na última semana, junto com outros cinco suspeitos pelo assassinato. Segundo a polícia, Marques pretendia ter total controle de faculdade particular que tinha em sociedade com o casal. As informações são do Fantástico.
O contrato da sociedade indicava que em caso da morte de um sócio, os demais ficariam com sua parte. “Na morte dos sócios, os herdeiros não estariam dentro da sociedade”, explica a delegada responsável pelo caso, Tatiana Matos.
A polícia afirma que o casal já havia sofrido uma tentativa de assassinato, mas na época pensou que era apenas um assalto. Marques seria responsável também por essa tentativa e, nas duas ocasiões, teria recebido ajuda de Franciclecio Rodrigues. Segundo a polícia, este é um agiota que cobrava uma dívida de R$ 81 mil com Lúcia e Washington. Rodrigues teria contratado os atiradores.
Depois da tentativa frustrada, o grupo decidiu tentar novamente no dia do casamento de Marques e chamou outro atirador. O casal saiu cedo da festa, antes mesmo de o jantar ser servido, por volta das 21h. Foram executados a poucos metros da entrada principal, ao chegarem ao seu carro. Um vigia noturno também foi baleado, mas sobreviveu. O casal morreu na hora.
Samuel de Sousa, que, segundo a polícia, fez os disparos, confessou o crime. Questionado sobre quantos tiros havia disparado, ele diz: “foi três na mulher e dois no cara”.
O advogado de Marques nega a participação dele no crime. “Ele garante que não teve participação nisso. Era impensável que alguém fizesse isso”, diz Alessandro Magno, que defende o empresário. A polícia acredita que a noiva não teve nenhuma participação e não sabia de nada.