Ação contra célula do PCC em SP tem 9 presos e 22 foragidos

15 mai 2017 - 16h50
Foto: Edmar Barros / Futura Press

Nove pessoas estão presas (15) em decorrência da Operação Inconfidência Mineira, que foi deflagrada hoje (15) desarticulou uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Segundo Adilson Aquino, delegado titular da Seccional de Guarulhos, apenas duas dessas pessoas foram presas hoje - as demais já cumpriam penas. O nome da operação se refere ao bairro onde ela ocorreu, que leva o nome do líder da Inconfidência Mineira.

Os presos de hoje são o libanês Mohamad Hassan Atris, conhecido como "Hesbolah", que ocupava uma posição de alta patente dentro da facção criminosa; e Michel Ferreira Barbosa, o Gordão. O assistente do 4º Distrito Policial de Guarulhos, Fernando Santiago, informou que o libanês ocupava uma posição de destaque no PCC da zona leste e era responsável por comandar as "biqueiras" ou pontos de tráfico. Ele fazia parte da "sintonia de progresso", que é a denominação utilizada pela facção para tráfico de drogas. Já Gordão tinha envolvimento com roubo a bancos, lojas e carros-fortes e fazia parte também da "sintonia de disciplina", responsável pelos julgamentos de integrantes do PCC nos tribunais do crime.

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A operação pretendia cumprir 87 mandados judiciais, sendo 56 de busca e apreensão e 31 de prisão temporária. Como apenas nove pessoas estão presas, 22 são consideradas foragidas. Na operação, foram apreendidos computadores, celulares, a chave de um veículo, quatro tijolos de maconha e muitas cartas, em que integrantes do PCC pediam ajuda financeira a outros membros da facção.

"Hoje conseguimos mais provas que vão permitir, com a análise da inteligência, podermos atacar essa organização criminosa", disse Aquino. "Creio que tivemos um resultado positivo. Talvez não com o número de prisões que esperávamos, mas ela [a operação] foi muito importante no sentido de encaminharmos mais provas e documentos que vão permitir um refino de informações", acrescentou.

As investigações tiveram início em maio do ano passado com a prisão de dois "sintonias" (membros de destaque) do PCC. Com a prisão desses dois membros do PCC, que faziam parte da "sintonia de cadastro" (responsável pelo cadastro dos membros da facção criminosa), a polícia obteve nomes de diversos integrantes, culminando na operação que foi desencadeada hoje.

Hoje foi desarticulada apenas uma célula, que atuava em Cidade Tiradentes, mas policiais dizem que pelo menos outras cinco células do PCC estão sendo investigadas. Durante a operação, não houve resistência ou incidentes.

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"O inquérito policial investiga o crime de organização criminosa. Mas temos também os crimes acessórios praticados por ela, como os crimes de tráfico de drogas e roubo. Uma coisa que também foi investigada nos autos foram os braços financeiros dessa organização criminosa", falou Santiago.

A operação foi desencadeada com a união de diversos órgãos, como o Ministério Público estadual, o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo e capital (Demarco e Decap), além de policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

A polícia não informou quanto a organização movimentava em drogas e dinheiro em Cidade Tiradentes.

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Agência Brasil
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