Pablo Marçal cresce em reconhecimento e em rejeição, aponta Datafolha

Segundo pesquisa realizada entre os dias 3 e 4, ele se tornou o candidato com maior nível de rejeição

6 set 2024 - 16h56

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), apresentou um aumento em seu nível de reconhecimento, atingindo 76%. Porém, ele também registrou um aumento em sua rejeição, batendo os 38%. É o maior nível de rejeição, entre todos os concorrentes.

Pablo Marçal cresceu em reconhecimento e em rejeição
Pablo Marçal cresceu em reconhecimento e em rejeição
Foto: Renato Pizzutto/Band / Perfil Brasil

Os dados são da última pesquisa do Datafolha, divulgada nos dias 3 e 4 de setembro. Marçal se tornou um alvo central dos ataques dos adversários em discursos públicos e comícios eleitorais.

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Nível de rejeição e possível desempenho nas eleições

Apesar do maior reconhecimento, as intenções de voto em Marçal permanecem praticamente inalteradas. Ele está tecnicamente empatado na liderança com Guilherme Boulos (PSOL), que alcançou 23%, e com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), ambos com 22%.

Guilherme Boulos tem uma rejeição de 37% e Ricardo Nunes apenas 21%. Segundo simulações do Datafolha, ambos superariam Marçal em um eventual segundo turno.

Nunes venceria Marçal com 53% contra 31%, e Boulos bateria o influenciador por 45% a 39%.

Os dois candidatos também cresceram em termos de conhecimento: Boulos foi de 84% a 86%, e Nunes, de 85% a 90%.

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Marçal, por sua vez, continua sendo alvo de críticas, incluindo acusações de envolvimento com integrantes da facção criminosa PCC e uma condenação por furto.

Relembre polêmicas envolvendo Pablo Marçal

Em 2022, o coach e político levou 32 pessoas para uma escalada no Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em São Paulo. Sem preparação, o grupo liderado por Marçal teve que ser resgatada pelo Corpo de Bombeiros a 2.400 metros de altitude, em uma trilha considerada difícil até para profissionais.

Há uma investigação em aberto na Polícia Civil, para apurar os acontecimentos do dia.

No ano seguinte, Marçal organizou uma maratona "surpresa" para os colaboradores de sua empresa. O funcionário Bruno Teixeira, de 26 anos, era um dos funcionários e morreu ao chegar no quilômetro 15 dos 42. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Osasco, em São Paulo, aponta como "esforço excessivo" a possível causa de um "infarto agudo de miocárdio".

A família de Teixeira acusa Marçal de realizar "marketing em cima da desgraça", após o coach ter publicado em suas redes que escreveu o nome do funcionário em seu tênis, como "homenagem".

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O caso com maior escândalo envolve o processo da Polícia Federal contra o político, durante as candidaturas eleitorais de 2022. Ele tentou de candidatar à presidência, mas foi barrado por seu partido da época, o PROS. Ele acabou sendo eleito como deputado federal, mas teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral devido a irregularidade.

Logo depois, a PF abriu uma investigação para apurar as doações realizadas por ele mesmo e seu sócio, Marcos Paulo de Oliveira, para sua campanha eleitoral. Eles chegaram a doar mais de 1,7 milhões, doação esta que foi registrada como serviço da Aviation Participações, Marçal Participações e Marçal Holding Ltda., empresa de Marçal.

A PF chegou a cumprir mandatos de busca e apreensão em julho de 2023, na casa e três empresas do coach - uma não foi encontrada, outra era uma editora de livros e a terceira tinha apenas uma mesa de bilhar e outra de pingue-pongue.

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