Pai e filho são presos por suspeita de atuar na venda de dados do presidente do STF

Dupla foi presa na manhã de quinta-feira, 1º. Entre os dados vazados estão o do ministro do STF Luís Roberto Barroso

2 fev 2024 - 08h46
(atualizado às 09h02)
Polícia Federal
Polícia Federal
Foto: Divulgação/Polícia Federal / Estadão

A Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão preventiva na manhã de quinta-feira, 1º, durante a Operação I-Fraude, que investiga a invasão de sistemas federais e venda de dados pessoais por meio de painéis de pesquisas. Entre os presos, estão um homem e seu filho.  

Os mandados expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal foram cumpridos em Vinhedo, no interior de São Paulo, e Caruaru, em Pernambuco. Além disso, foi determinado o bloqueio de até R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados.

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A I-Fraude teve início na quarta-feira, 31, após a expedição de 11 mandados de busca e apreensão para cumprimento em cinco estados diferentes, como São Paulo, Minas Gerais, Rondônia e Pernambuco, além de 7 mandados de medidas cautelares contra os investigados.

Segundo a GloboNews, a quadrilha vendia os dados por meio das redes sociais por R$ 30 ao mês, para que o comprador pudesse ter acesso a dados privados de milhares de brasileiros, inclusive do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, além de várias autoridades do país. 

Segundo a PF, existiam diversos “planos” de mensalidades, de acordo com o número de consultas realizadas. O painel disponibilizado pela quadrilha contava com aproximadamente 10 mil “assinantes” com uma média de dez milhões de consultas mensais.

Dentre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Nestes casos, os hackers ofereciam o serviço de forma gratuita, mas era preciso que o servidor enviasse para comprovação de identidade foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos tinham cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados.

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As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e organização criminosa podem chegar a 23 anos de prisão.

Fonte: Redação Terra
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