Pelas redes sociais, manifestantes organizam novos protestos contra tarifas

7 jun 2013 - 09h56
(atualizado às 10h12)
<p>O Movimento Passe Livre organiza uma passeata para esta sexta-feira, em São Paulo</p>
O Movimento Passe Livre organiza uma passeata para esta sexta-feira, em São Paulo
Foto: Facebook / Reprodução

O Movimento Passe Livre, principal articulador dos protestos contra aumento das tarifas de ônibus em várias cidades do Brasil já anunciou novos atos na capital paulista nesta sexta-feira. O grupo utilizou as redes sociais para convidar simpatizantes para uma grande manifestação às 17h, no Largo da Batata, na região de Pinheiros, zona oeste.

Denominado como "2º Grande Ato contra o aumento da passagem em São Paulo", o evento tinha, até as 9h de hoje, 2.641 pessoas confirmadas. Além do ato de hoje, outros grupos independentes já planejam protestos para amanhã e terça-feira.

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O Grupo Mudança Já MJ, convoca os manifestantes para um encontro neste sábado, às 15h, em frente à Estação Berrini da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Não vamos descansar enquanto a tarifa não baixar. Caso não baixe, vamos para a marginal Pinheiros no dia 8, sábado, às 15h", disse a convocação do ato.

Já a comunidade do Facebook denominada "Se a tarifa aumentar, São Paulo vai parar", mobiliza manifestantes para um protesto na próxima terça-feira, na avenida Paulista, que já foi palco de uma grande mobilização nesta quinta-feira, que terminou em confronto com a polícia e 15 manifestantes detidos.

Protestos via redes sociais

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Manifestantes também utilizaram as redes sociais para reclamar da ação policial nesta quinta-feira, diante do ato que interditou importantes vias de São Paulo, como a avenida Nove de Julho e os dois sentidos da avenida Paulista.

Uma foto de um suposto manifestante, ferido por bala de borracha, circulou pelas redes sociais
Foto: Facebook / Reprodução

"Não dizem que as balas de borracha são para atirar na perna? Ou a mira do cara é pior do que a do Mr. Magoo ou ele tentou um homicídio covarde", diz uma das mensagens replicadas na internet, acompanhada da foto de um manifestante que, supostamente, foi atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar.

Para evitar novos problemas nos próximos protestos, o manifestante Raphael David aproveitou a rede social para dar dicas contra o efeito do gás lacrimogêneo, que pode ser utilizado pela polícia. Entre as maneiras de prevenção dos efeitos do gás, está tomar banho com sabão neutro e utilizar óculos de natação durante a passeata.

Manifestantes debateram sobre o vandalismo praticado pelo grupo
Foto: Facebook / Reprodução

Em meio a manifestações contra a polícia, alguns membros do grupo alertaram sobre a violência praticada pelos próprios manifestantes. "Só acho sacanagem quebrarem tudo, os donos dos lugares afetados vão ter que pagar pelo prejuízo, mais o aumento da passagem", disse a internauta Tatiane Camba, que foi rebatida por Ariadny Rocha, que também faz parte do movimento. "Tatiana, infelizmente temos que olhar com cautela a divulgação midiática. Na maioria das vezes a própria polícia é quem quebra ou destrói algumas coisas, no entanto, eles precisam culpabilizar o movimento , para que o movimento perca a 'credibilidade' perante aos trabalhadores em geral", disse.

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Rio de Janeiro também se mobiliza

O grupo Geração Invencível programou, também via Facebook, uma manifestação na próxima segunda-feira, na Cinelândia. De acordo com os líderes do movimento, esse será o "III ato contra o aumento abusivo da tarifa dos transportes 'públicos' no Rio". A concentração está marcada para as 16h30.

"A situação do nosso transporte público é caótica: veículos lotados, péssimas condições de manutenção, gerando perigo e desconforto para os passageiros e motoristas. As notícias de acidentes causados por ônibus estão cada vez mais rotineiras", reclama o grupo.

Ontem o movimento Passe Livre de Joinville também se mobilizou para um ato na cidade, em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus.

Protesto violento em SP

Nesta quinta-feira, um grupo de manifestantes fecharam a bifurcação entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, na região do Terminal Bandeira, no centro de São Paulo, por volta das 19h, e interditaram as vias queimando caixotes e itens de sinalização de trânsito. Os manifestantes entraram no Terminal Bandeira e, de acordo com a PM, danificaram e picharam ônibus. A polícia então utilizou munições químicas, como gás lacrimogêneo, e balas de borracha.

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Segundo o grupo Movimento Passe Livre SP, que organizou o ato, o protesto reuniu 4 mil pessoas. Segundo a PM, o número é menor: 2 mil pessoas. Na avenida Paulista, os manifestantes bloquearam um dos sentidos da via e destruíram uma banca de revista. Eles seguiram em passeata em direção ao bairro Paraíso. A polícia acompanha a manifestação com helicóptero e está disparando bombas de gás lacrimogêneo. A via só foi liberada por volta das 22h.

Fonte: Terra
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