Perícia investiga últimas horas do menino Bernardo no RS

24 abr 2014 - 23h13
(atualizado às 23h18)
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS)  junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press

Peritos analisaram, novamente, nesta quinta-feira o local onde o corpo menino Bernardo Boldrini, 11 anos, foi encontrado, em Frederico Westphalen (RS). Eles verificaram ainda os dois veículos nos quais a criança teria passado os últimos momentos de vida: uma caminhonete, com a qual a madrasta, Graciele Ugolini, o teria levado de Três Passos, onde moravam, para a cidade; e um carro prata, no qual teria sido levado até o matagal onde foi enterrado. As informações são do Jornal Nacional.

O carro prata tem manchas de terra e de uma substância branca no porta-malas. A assistente social Edelvânia Wirganovicz, que confessou ter ajudado Graciele no crime, afirmou anteriormente que foi usada soda cáustica no corpo e os peritos vão analisar se as manchas brancas são dessa substância. Os vestígios de terra serão analisados para descobrir se combinam com o solo do local onde Bernardo foi achado.

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A casa de Bernardo também foi periciada e, na grade e no portão em frente à residência, há vários cartazes com mensagens sobre o caso. Os peritos ainda foram ao prédio onde morava Edelvânia. Segundo a polícia, câmeras de segurança de um posto de combustíveis ao lado do edifício teriam gravado o momento em que a assistente social, a madrasta e o menino saíram no veículo e, no final da tarde, retornaram sem o garoto.

As informações, afirma a TV, ajudarão na reconstituição do crime, que ainda não foi marcada. Também nesta quinta-feira, policiais que participaram da prisão do pai do menino, Leandro Boldrini, começaram a ser ouvidos. Eles falaram sobre a reação do pai ao receber voz de prisão.

"Faltam uns 20% para concluir bem o caso. É isso que me interessa, a verdade real. O que aconteceu com o menino Bernardo? O que levou a matar, quem matou, quem participou? Enquanto eu não tiver isso bem definido, eu não tenho como descartar nenhuma hipótese. Eu não tenho como descartar nada", disse a delegada Caroline Bamberg Machado.

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Fonte: Terra
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