PF cumpre 18 mandados em operação contra venda de dados pessoais em SP e MG

Dados também foram comercializadas por meio de painel de consulta nas redes sociais, que contava com 10 milhões de acessos mensais

31 jan 2024 - 12h54
(atualizado às 13h33)
Polícia Federal rende suspeito de traficar drogas via Correios
Polícia Federal rende suspeito de traficar drogas via Correios
Foto: Divulgação/Polícia Federal / Estadão

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 31, uma operação com objetivo de combater os crimes de invasão a sistemas de banco de dados, lavagem de dinheiro e organização criminosa. No total, foram autorizados 11 mandados de busca e apreensão em 5 estados, como São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, além de 7 mandados de medidas cautelares contra os investigados.

Batizada de Operação I-Fraude, a ação teve início após a identificação da invasão de banco de dados de sistemas federais, que resultou no vazamento de informações pessoais de milhares de pessoas. Os investigadores também informaram que dados de inúmeras autoridades e pessoas públicas estavam disponíveis para consulta.

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Conforme informações da PF, os criminosos desenvolveram um painel de consulta disponibilizado por meio das redes sociais, no qual terceiros podiam acessar esses dados roubados. Além disso, a PF identificou a existência de diversos “planos” de mensalidades, que variavam de acordo com o número de consultas realizadas. Ao todo, o painel tinha cerca de 10 mil assinantes, com uma média de 10 milhões de consultas por mês.

A PF identificou que entre os usuários que acessavam esses dados estavam integrantes de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança pública.

"Com relação aos integrantes das forças de segurança, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados", diz a nota. 

As penas para esses crimes podem chegar a 23 anos de prisão, segundo a PF. 

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Fonte: Redação Terra
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