Na manhã desta sexta-feira, mais de 500 policiais federais ficaram encarregados de cumprir 93 mandados de busca, prisão e condução coercitiva em 18 Estados e no Distrito Federal. Intitulada Darknet, a operação foi criada para confirmar a identidade de suspeitos dos crimes de armazenamento e divulgação de pornografia infantil e também de abuso sexual de crianças e adolescentes.
Além do Distrito Federal, a operação foi deflagrada no Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Informações obtidas durante as investigações que envolvem suspeitos de outros países foram repassadas para autoridades de Portugal, Itália, Colômbia, México e Venezuela.
Essa foi a primeira vez que a PF restreou o Deep Web em uma operação deste tipo. "A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil", explicaram, em nota.
Ainda segundo o comunicado, apenas Estados Unidos e Inglaterra já realizaram investigações de crimes praticados através da Deep Web.
A investigação começou há um ano e resgatou pelo menos seis crianças que estavam em situação de abuso em diversos locais do Brasil. Em um dos casos, um pai relatava que iria abusar da filha assim que ela nascesse.